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Alexandra Forbes

A gourmet itinerante

Perfil Alexandra Forbes divide seu tempo entre Montreal, São Paulo e restaurantes pelo mundo afora.

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Em leilão na Sotheby's fundação El Bulli de Ferran Adrià fatura 1.8 milhões de dólares

Por Alexandra Forbes
03/04/13 10:47

 

Chef Ferran Adrià                       Crédito:divulgação

Ontem a filial de Hong Kong da prestigiosa casa de leilões Sotheby’s leiloou parte dos vinhos da adega do extinto El Bulli, na Catalunha – quiçá o mais famoso retaurante que já houve, do igualmente famoso chef Ferran Adrià – faturando cerca de US$ 1.8 milhões, segundo o site de notícias gastronômicas espanhol 7 Caníbales.

O leilão, que arrastou-se por cerca de sete horas, incluiu não apenas lotes de vinhos mas também a oportunidade “ter uma conversa sobre gastronomia” com Adrià em seu Taller (laboratório), seguida de um jantar no restaurante que ele tem com seu irmão Albert, o Tickets, em Barcelona. Por quanto saiu? Cerca de US$ 28.5 mil!!! (Vai ser tiete assim lá longe….. )

Um dos lotes de vinhos franceses (10 garrafas) saiu por US$ 200 mil, enquanto três garrafas de  Romanée Conti de 1990 foram arrematadas por  US$ 69.000.

Dia 26 de abril a segunda parte do leilão acontecerá na Sotheby’s de Nova York e incluirá, além de mais vinhos, menus, cartas de vinhos e até um avental de Adrià.Vejam, no site oficial da Sotheby’s, a descrição dos lotes.

O objetivo dos dois leilões é arrecadar fundos para a El Bulli Foundation.

Desde que fechou o restaurante, Adrià vem prometendo que o mágico cenário em que se inseria – um parque selvagem à beira mar, na Catalunha – será reaproveitado como sede dessa El Bulli Foundation, uma espécie de think tank gastronômico.
Para transformar o antigo restaurante – uma casinha praiana de paredes caiadas de branco com pergolado e piso de lajotas – em fundação ultamoderna, Adrià escalou o catalão Enric Ruiz-Geli, de Figueres, dos poucos com loucura e audácia suficientes para a missão dar certo. Resultado: saíram de sua prancheta esboços absolutamente surreais de construções que se integraram organicamente aos verdes e cinzas da rústica paisagem.

A casa que abrigava o restaurante será mantida, apenas sofrendo reforma para torná-la “verde” e inteligente.

No mesmo terreno em declive será plantada uma estrutura em formato de meia-esfera (acima) com várias perfurações e duas protuberância que se parecem com uma trumpetas. Naquela oca de formas inspiradas em corais mortos, com pele externa verdejante e porosa e cheia de calosidades, funcionará o espaço de brainstorming.

A sala interna, onde Adrià e seus chefs discutirão receitas e técnicas e assistirão vídeos, terá formas arredondadas e irregulares e um recorte retangular enquadrando a vista para o mar.

Será construído também um Ideário – o espaço onde as pesquisas serão processadas, anotadas e arquivadas – terá um quê de caverna à beira-mar. Estantes encaracoladas se fundirão com mesas em círculo enquanto um teto claro e pendente cheio de reentrâncias encontrará o chão em forma de cortinas de vidro fluido, como água caindo.

Entrevistei Adrià ano passado sobre o tema. Acho que as respostas dele ainda valem hoje, vejam:

Você deu carta branca a Ruiz-Geli ou está dirigindo o projeto de perto?

Ele é um arquiteto experimental, perigoso e eu estou totalmene envolvido. A cozinha física do El Bulli, quando a construímos, marcou a história da arquitetura das cozinhas. Neste caso, nós nos perguntamos como seriam os espaços ideais para criar, dentro dos limites impostos pelo entorno e pelos requisitos de sustentabilidade.

Você diz que um dos motivos de ter topado se tornar o garoto-propaganda da Telefonica é poder ter acesso a ferramentas de conectividade e comunicação, que permitam, inclusive, postar online, diariamente, os resultados das experiências feitas na Fundação. Que forma, exatamente, terá essa colaboração?

Queremos que os interiores tenham tecnologia super de vanguarda, e nisso a Telefonica irá nos ajudar – mas que ninguém pense que eles estão pagando a obra!

Quem poderá visitar a Fundação?

Não será aberto ao público, apenas a cozinheiros, acadêmicos e alguns visitantes convidados. Confunde-se o consumidor com o mundo profissional. Pacientes não participam de congressos de medicina, certo?

O projeto arquitetônico parece único, iconoclasta, e deverá atrair muita atenção…

Nossa ideia não é atrair atenção, mas sim criar. Não queremos que vejam a Fundação como um projeto de arquitetura. É um think tank de cozinha. O resultado será bonito mas o mundo está cheio de boa arquitetura. O que interessa é o que se passará lá dentro, sua função como laboratório criativo.

E mais sobre a Foundation e os irmãos Adrià:

  • Matéria sobre os leilões, em inglês, na Bloomberg.
  • Ferran Adrià no cinema – coluna no Folha Comida
  • Vídeo do incrível bar-restaurante 41Grados, dos irmãos Adrià
  • 41 Grados na Folha: o relato de um jantar incrível
  • Ferran e Albert Adrià abrem um restaurante nikkei em Barcelona
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Apiários urbanos são sopa no mel

Por Folha
03/04/13 03:00

Crédito: Wikimedia

Já se vê que o planeta anda malcuidado, o efeito estufa esquentando o ar e amalucando o clima, o ambiente ferido com cortes profundos. Mas poucos sabem que abelhas são a salvação. Ou uma das salvações.

Eu não imaginava -até ler reportagem na “New Yorker”, no ano passado, alertando para a gravidade da inexplicada morte de quantidades colossais delas nos EUA.

leiam neste link.

O problema são os pesticidas nos pomares. Matam não só pestes, mas também as bichinhas polinizadoras. Para conseguir produzir milhões de caixas de ameixas, laranjas e pêssegos, os mega-agricultores californianos hoje em dia alugam abelhas para reforçar a polinização -as selvagens, que rareiam, não dão conta do recado.

Sem as abelhas, a agroindústria para. Plantas não se reproduzem. Por menos glamourosa que a causa pareça, vem ganhando defensores.

A Disney vai lançar em meados de abril nos EUA o filme “Wings of Life” (asas da vida), narrado pela Meryl Streep, sobre a co-dependência entre flores, beija-flores e abelhas (vejam o trailer no YouTube). Chefs de renome têm feito homenagens à apicultura, tanto em artigos quanto em menus-degustação.

Um jantar recente no Attica, do chef Ben Shewry, por exemplo (na Austrália), encerrou-se com uma poética ode ao mel: a sobremesa, servida em caixa de madeira com “gavetas”, vinha estampada com hexágonos imitando favos.

Vejam que incrível:

Lá fora, os apiários urbanos, em coberturas de prédios, multiplicam-se a galope. Ajudam a salvar as abelhas, hoje ameaçadas, no campo, por químicos e habitat que só encolhe. O museu Whitney, em Nova York, tem um. A Opéra Garnier, em Paris, e a Tate Modern, em Londres, idem. Os hoteis Fairmont, em Montreal, Washington e Vancouver, gabam-se de seu mel colhido no teto.

Abelhas cosmopolitas salvam-se do veneno pulverizado pela agroindústria. Roçando-se em flores e transportando pólen, fazem cidades florescerem. O rico xarope dourado que resulta, cujo sabor varia conforme a flora por onde passeiam as abelhas, é a iguaria “du jour” de gourmets engajados.

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As 50 "escolhas foodie" do Observer Food Monthly

Por Alexandra Forbes
27/03/13 15:09

“Rodaballo” grelhado do restaurante Elkano, um dos 50 “foodie picks”

 

A matéria de capa do suplemento mensal Observer Food Monthly, que saiu na semana passada, intitula-se “50 top foodie picks”, ou “50 escolhas foodies”.  Juntam alhos e bugalhos e mostram-se abertamente subjetivos – o que não diminui o apelo da lista. Dizer que são escolhas subjetivas seria um eufemismo. E, naturalmente, muitos dos eleitos, como os editores da revista, estão em Londres. Mesmo assim, gostei tanto que resolvi traduzir/resumir abaixo, com links para posts meus, relacionados… (e aqui, link para a versão interativa da lista)

Lá vai:

1: Sushi Tetsu

Atualmente, o melhor japonês de Londres, impossível conseguir lugar. sushitetsu.co.uk

Meu post sobre o Sushi Tetsu.

 

 

2: Picon biere

Bitters (para colocar em cervejas e/ou coqueteis). thewhiskyexchange.com

 

3: The Bubbles at Bubbledogs

Wine bar novo em Londres que casa cachorros-quentes e champagne, de um casal ex-Noma. bubbledogs.co.uk

 

4: Soup noodle at Young Cheng, Chinatown

Um chinês em Londres.

Young Cheng, 76 Shaftesbury Avenue, London W1

 

5:  Well Dunn

programa de tevê da modelo Jourdan Dunn.

lifeandtimes.com

 

6: Fern Verrow

Fazenda orgânica nos arredores de Londres. fernverrow.com

 

7: Marou chocolate bars

Marca nova de chocolate, marouchocolate.com

 

8: Just Seaweed

Fornecedor de algas, justseaweed.com

 

9: Turbot inteiro, grelhado, no restaurant Elkano, no país basco

Esse, eu também adoro…. Post de meu último jantar lá, com vídeo.

 

10: Fumbally Cafe, Dublin

Um café na Irlanda. thefumbally.ie

 

11: Pão Hackney Wild da E5 Bakehouse

Padaria londrina, e5bakehouse.com

 

12: Cerveja e peixe frito no The Brewery Tap, em Chester
the-tap.co.uk

 

13: Little Bread Pedlar Pain au Chocolat

Uma padaria londrina. lbpedlar.com

 

14: Salada de caule de lotus do Viet Grill

Um vietnamita em Londres. vietnamesekitchen.co.uk/vietgrill

 

15: Astrance: A Cook’s Book

O livro novo do chef Pascal Barbot do L’Astrance em Paris. editionsduchene.fr

 

16: Ivy House Farm

Fazenda de laticínios inglesa. ivyhousefarmdairy.co.uk

 

17: Trilogia de dim sums no HKK

Um chinês em Londres. hkklondon.com

 

18: Wine Grapes

Novo livraço de referência sobre vinhos da Jancis Robinson. winegrapes.org

 

19: Pizzas Gourmet

 

20: Manteiga do Butter Viking

Falei dele e mostrei vídeo aqui.

 

21: Café coado da Prufrock

Cafeteria premium em Londres. prufrockcoffee.com

 

22: Caçadores de inseto do Noma

O restaurante número 1 do mundo serve insetos e tem fornecedor especializado só nisso. Mas nós brasileiros sabemos que a ideia de fazer alta cozinha com insetos veio do nosso Alex Atala…

 

23: sorvete de leite de abricô e flor de laranjeira da Sorbitium Ice

Sorveteria em Londres. sorbitiumices.com

 

24: Ciya Sofrasi,

Um restaurante em Istambul ciya.com.tr

 

25:  Jhalmuri Express em Londres

Carrinho itinerante de comida indiana @jhalmuriexpress

 

26: Rachel Eats

Blog. racheleats.wordpress.com

 

27: Percebes (fruto do mar indisponível no Brasil) do Barrafina

O Barrafina é um restaurante londrino. barrafina.co.uk

 

28: Justin Gellatly

pâtissier do restaurante St.John em Londres.

 

29: souschef.co.uk

Site vendendo produtos gourmet.

 

30: Food Curated

Site sobre pequenos produtores de ingredientes. foodcurated.com

 

31: flocos de pimenta turca

(Turkish chilli flake)

 

32: Pão que, de tão bom, é como um dos serviços de um longo menu.

Usam, como exemplo, o delicioso restaurante Dabbous em Londres. Não por acaso, está entre os meus favoritos em Londres…. pena que seja tão impossível conseguir mesa.

Aqui, meu post.

 

 

33: Camelo haute-cuisine por Alain Ducasse

O famoso chef francês serve camelo em seu novo restaurante Idam, em Doha. (Não perguntem….) www.idam.com

 

34: Crab shack, em  Devon

Restaurante especializado em siri. crabshackonthebeach.co.uk

 

35: Covent Garden

Bons restaurantes estão se instalando no bairro ultraturístico londrino, mudando sua imagem.

 

36: Novas revistas de gastronomia

O Observer cita a Fool mas elege a Lucky Peach – minha favorita, a melhor da nova leva.
Aqui, meu post falando da Lucky Peach.

 

 

37: Danny Bowien, Mission Chinese Food, New York & San Francisco

Aqui, meu post sobre o chef e seu restaurante super hype.

missionchinesefood.com

 

38: Stephen Hook, The Moo Man

Criador de vacas, produtor leiteiro, the-mooman.co.uk; hookandson.co.uk

 

39: Salted caramel Rolo

Um chocolate de massa vendido ao redor do mundo, Rolo, que virou inspiração para sobremesas de chefs.

 

40: Mel do London Honey Man

Mel urbano thelondonhoneycompany.co.uk

 

41: Bone Daddies ramen

Casa de ramen (macarrão japonês) bonedaddiesramen.com

 

42: Manchester

A cidade, que está virando cool.

 

44: Onion rings at 34

O 34 é o restaurante de carnes do grupo Caprice Holdings, dono do meu restaurante favorito de peixes em Londres, o Scott’s

34-restaurant.co.uk

 

45: Cheesecake at Honey & Co

Café do Oriente Médio em Londres honeyandco.co.uk

 

46: Bolinhos de bacalhau do Yotam Ottolenghi

O chef-proprietário dos restaurantes homônimos, em Londres ottolenghi.co.uk

 

47: Comida DIY (do-it-yourself, ou faça-você-mesmo)

Mora de curar e defumar coisas, inclusive em casa.

chef Isaac McHale

48: The Clove Club

Novo restaurante do talentosíssimo chef Isaac McHale thecloveclub.com

 

49: Uísques incomuns

 

50: Ametsa with Arzak Instruction

Restaurante em Londres com a marca de qualidade do time pai-e-filha Juan Mari Arzak e Elena Arzak. ametsa.co.uk
Maiores detalhes aqui (em inglês).

 

 

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Mocotó Café: o novo restaurante do chef Rodrigo Oliveira

Por Alexandra Forbes
23/03/13 00:13

Chef Rodrigo Oliveira e comidinhas de seu Mocotó

Hoje me ligou um repórter que está escrevendo um longo perfil do chef Rodrigo Oliveira (Mocotó) para uma revista.

A horas tantas, no meio da entrevista, eu disse,
“Ótimo timing, hein? Vai coincidir c a abertura do novo restaurante!”

E ele:
” Que restaurante?!”

Engraçado, este nosso mundo. Eu moro em Montreal (embora vá a S.P. sempre que possível). Viajo como louca. Mas nunca desligo as antenas. E, claro, em se tratando de um dos maiores talentos brasileiros, vou observando os passos do Rodrigo, mesmo longe.

Achei curioso ele não saber deste que será – não tenho nenhuma dúvida – o novo restaurante mais falado do ano.

Então, para os que ainda não ouviram falar…..

O Mocotó Café – versão ‘gente-grande’ do Mocotó – tem um nome que engana.

Vizinho ao Mocotó, tem ambições gastronômicas. Nada de belisquetes e caipirinhas na calçada esperando para comer um escondidinho: a coisa vai ser mais formal. O salão, fechado para a rua, terá ar-condicionado, e bege, cinza e branco na paleta de cores. A cozinha semi-aberta mostrará os pratos sendo finalizados. O projeto da Lab Arquitetos prevê ainda imensos paineis do grafiteiro Speto, amigo de Rodrigo, retratando um “sertão urbano”.

E quem for lá querendo comer os clássicos do Mocotó, como a famosa mocofava? “Que vá ao lado e peça”, diz Rodrigo. A única concessão que ele fez: os famosos dadinhos de tapioca. É como diz o menu: “não dava pra não ter”.

Deve abrir no final de abril ou começo de maio.

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Café novo no Santa Luzia (Martins Café) e aulas no Octavio Café

Por Alexandra Forbes
21/03/13 14:17

Martins Café: marca sacada                 Foto: divulgação

Recebi montes de feedback da coluna de ontem, sobre café, e o post complementar que fiz aqui no blog sobre a Stumptown e a Intelligentsia.

Uns adoraram, outros, referindo-se ao post sobre as cafeterias premium americanas, mostraram-se enfadados, tipo “ai que chatice esse esnobismo cafeeiro”.

Gostem ou não gostem, a onda dos cafés premium veio para ficar. E vejam bem: não é porque eu conto das novas cafeterias que acho tudo nelas lindo e maravilhoso….

Até eu implico um pouco com esse negócio de fazer café coado xícara por xícara porque café de bule não se compara. Para mim, se compara sim! Adoro o café lá da casa do meu pai, feito à moda antiga, com chaleira e coador de pano – não tem melhor, por chique que seja a cafeteria.

Soube que o Octavio Café dará dia 25 de abril um curso (caríssimo) sobre cafés (detalhes neste link).

E acabei de receber um release que reproduzo a seguir, que mostra o avanço de uma marca bem-sacada, de jovens empresários de olho no boom (embora eu seja 100% contra cafés com sabores). Me chamou a atenção porque adorei as embalagens, confesso! 😉

“A partir de março os fãs de Martins Café poderão encontrá-lo nas gôndolas do Santa Luzia. Além do 100% arábica e das versões com especiarias  (canela, noz moscada, cardamomo e anis) o cliente também poderá levar o grão para moer em casa. Durante todo o mês, o balcão do empório também estará vendendo espressos e outras bebidas preparadas com Martins Café. As terças (das 9h às 11h) e quartas-feiras (das 14h às 16h), acontecerão degustações gratuitas dos cafés preparados nos métodos coado e aeropress.
Sobre o Martins Café:
Da idéia de três jovens amigos de criar um café inovador com uma linguagem mais bem humorada, nasceu o Martins Café. A marca foi criada por Mariano Martins, Maíra Lopes e Fabíola Filinto para ser um produto diferenciado, contemplando as técnicas modernas de cultivo e torra de café, mas mantendo o sabor do passado.
O Martins Café é certificado como especial – classificação acima do gourmet para cafés no Brasil. Ele é livre de defeitos, fully washed (processo de pós-colheita mais utilizado na Colômbia e América Central) e sem adstringência. O perfil de torra do café foi desenvolvido exclusivamente para destacar as qualidades do grão. Por isso, possui notas aromáticas de melado de cana, avelã e frutas amarelas, além de uma acidez agradável. É encorpado e apresenta finalização longa e doce.”
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O culto ao café de origem

Por Folha
20/03/13 03:00

Um dos muitos pequenos cafés de Melbourne

“Aqui a gente despreza o Starbucks”, disse Fiona Sweetman, que organiza um passeio guiado em Melbourne, na Austrália, chamado “a cultura de frequentar cafés”.

Ela se gaba de contar que a multinacional americana pretendia abrir mais de 20 filiais em sua cidade, mas voltou atrás ao notar ter perdido a batalha para os pequenos cafés locais, cuja fiel clientela aprecia grãos cuidadosamente escolhidos e torrados, principalmente “single origin” (de uma fazenda específica).

Machiatto do Brother Baba Budan

Seguindo sua dica, fui provar o ótimo Brother Baba Budan, local pouco maior do que um closet, onde jovens baristas compenetrados preparam cappuccinos e machiatti (ou um “pretinho” de coador fresquíssimo) para clientes esperando em pé. Em lousas, rabiscam os cafés do dia, com país de origem e notas de sabor, como se fossem vinhos. O BBB é um entre centenas de cafés dessa cidade.

“Fazenda” de café urbana, maior atração do festival de gastronomia e vinhos de Melbourne

A maior atração do Melbourne Food and Wine Festival, neste mês, foi a Fazenda de Café Urbana. Por esse pop-up feito de caixotes de importação de sacas e 125 pés de café, passaram mais de cem mil pessoas, para degustar “blends” e assistir a seminários como o “Volta ao Mundo em Oito Cafés”.

Em Melbourne e Sydney, vi um sem-fim de belas máquinas de expresso. Como em outras cidades onde o culto ao café explodiu, é mais fácil achar um expresso com belíssimo creme do que um latte de marca global.

Capricho máximo no machiatto que tomei no restaurante do hotel QT em Sydney

“Temos imenso orgulho de nosso café”, diz Natalie O’Brien, CEO do festival de Melbourne. Ela não se refere à matéria-prima, mas de quão bem selecionam e torram os grãos, do capricho investido em cada xícara.

Café de coador: feito xícara a xícara no Brother Baba Budan

Quem diria que cafeterias premium emplacariam antes na Austrália do que no Brasil, maior exportador mundial. Avançamos nos últimos anos, mas lugares do nível de um Coffee Lab (SP) são raros.

Na Austrália, onde se usa até o termo “baristas caseiros”, o bacana é ter o trabalho de tirar um café à mão, de pó moído na hora e de origem controlada. Já no Brasil, ricos acham chique apertar um botão e servir um Nespresso quentinho.

  • E um complemento à coluna de hoje: as cafeterias Intelligentsia e Stumptown, que estão na crista da onda nos Estados Unidos, e dois vídeos superbacanas.

Capuccino do hotel Crown Metropol

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Intelligentsia e Stumptown: cafeterias americanas que estão na crista da onda

Por Alexandra Forbes
19/03/13 23:14

Crédito: captura de tela de vídeo da Stumptown

É impressionante: os americanos pegaram a febre do café “high end” com força total. Em capitais mais cosmopolitas, como San Francisco, Chicago e Nova York, quem tem bom gosto não seria pego nem morto em um Starbucks. Café, para um certo grupo de pessoas cada vez maior, que conhece e aprecia o bom, um café tem que ser “O” café, do melhor grão, torrado com o maior cuidado, moído minutos antes do serviço, etc.

Algumas cafeterias que levam essa obssessão por qualidade a níveis nunca antes vistos em solo americano viraram hype. Principalmente duas: a Intelligentsia, originalmente de Chicago, e a Stumptown, de Portland.

Crédito: captura de tela de vídeo da Stumptown

Para cada método de fazer café elas seguem regras ultra específicas. Nesses lugares não existe fazer um bule inteiro de café coado, por exemplo. Tem que ser xícara a xícara, tudo medido e pesado cuidadosamente. Vejam neste vídeo da Intelligentsia o grau do detalhismo: surreal!

As duas, hoje, fincaram pé em Nova York.

A primeira, por enquanto, só vende diretamente para restaurantes (em breve abrirá uma cafeteria). Mas já virou uma grife de tanto prestígio que hoteis bacanudos como o NoMad anunciam em seu menu de room service que orgulham-se de servir seu café:

Menu de room service do hotel NoMad, anunciando que servem café Intelligentsia

A segunda – a Stumptown – tem uma filial no irmão caçula do NoMad, o hotel Ace. Vive lotada, nem preciso dizer…. A empresa é quase uma seita, ou uma comunidade hipster/hippie, os empregados quase sempre tatuados são amigos uns dos outros e dos clientes, e todos falam apaixonadamente de café. Não acreditam? Vejam esse vídeo, então (excelente, por sinal).

Enfim, são tantos os cafés com baristas afiados e grãos selecionados hoje em dia que eu poderia fazer um guia de 100 páginas a respeito. Curioso notar como no Brasil, essa febre ainda não pegou. E se pegou, foi muuuuuuito de mansinho, com Isabela Raposeiras, do Coffee Lab na Vila Madalena, de ponta de lança.

É o tema da minha coluna de hoje no COMIDA… leiam, neste link.

Café da manhã no quarto do hotel Ace, com café Intelligentsia

 

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Queen Victoria Market, em Melbourne: retrato do que comem os australianos

Por Alexandra Forbes
17/03/13 13:43

Gosto de visitar o mercado de toda cidade para onde viajo, e em Melbourne não foi diferente…
Para mim, é o modo mais rápido de entender um povo e seus gostos – pelo menos à mesa.

Fiz um tour guiado super didático no Queen Victoria Market, que terminou com paradas em lojinhas de queijos e embutidos para mini-degustações.

Ali aprendi o seguinte: os melhores queijos australianos são ótimas imitações de clássicos franceses (brie, triple crème, reblochon) e cheddars ingleses. Principalmente os da queijaria King Island dairy – que filha em uma ilhota perto da Tasmânia – (e cujo website anuncia, modestamente, “lar dos melhores queijos da Terra, (…) nada chega perto”):

Pouco fotogênico porém delicioso o triple crème da King Island Dairy

Outra coisa que me impressionou: as ostras. Adorei o modo como abrem ostras – de diferentes variedades – na hora, para quem quiser comê-las em seguida. E comprei meia dúzia de “rock oysters”, menorzinhas e de concha mais funda – geralmente, ostras desse formato são mais doces e cremosas. Deusdoceu que maravilha!!

Ainda no capítulo marítimo, belíssimos os blue crabs (siris azuis), abundantes:

Blue crabs

E os crayfishes….

Crayfish

Já a parte de frutas e verduras achei bem fraca…. nada muito interessante/diferente além dos finger limes (frutas cilíndricas com bolinhas de gosto cítrico no interior) e desses kiwizinhos (que já vi até no Brasil):

O mercado, simpático e organizado, tinha poucos turistas, exceto grupos de estudantes, como essas japonesas comendo doughnuts:

Doughnuts, aliás, sem o típico buraco no meio, e com recheio dulcíssimo de geleia. Herança inglesa?

 

Achei que eu não poderia sair dali sem provar carne de canguru. E não é que foi super difícil de achar, entre as dezenas de bancas vendendo carnes, alguma que tivesse carne de canguru? Assim descobri que os nativos são muito mais fãs de porco, frango e boi….

Uma das raras bancas do mercado onde se encontra canguru à venda

A todos a quem eu perguntava, ouvia comentários do tipo “ah, é uma carne forte, com gosto de caça….”

Resolvi tirar a teima e comprei um pouquinho da carne já moida, geladinha, nessa banca aqui:

E sabem do que mais? Depois de comê-la crua, in natura, concluí que era bobagem essa história de que a carne de canguru é forte. Não sei que corte era,  mas tinha o gosto e a textura de um filé mignon. Carne magra e super macia, deliciosa!

Carne de canguru (roo) moída

Conclusão: os australianos (ou os “melbournianos, melhor dizendo) passam muito bem, obrigada. Têm ostras, peixes e crayfishes maravilhosos. Queijos à francesa de tirar o chapeu. Carnes – inclusive maturadas, e de gado tipo wagyu – de primeira. E um mercado agradável, embora menos exótico e menor do que eu esperava.

E mais posts sobre a Austrália:

O novo e excelente hotel QT, em Sydney
Sydney em 10 imagens
Melbourne e o microscópico mundo da alta gastronomia

 

 

 

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QT Sydney: quando um hotel-butique dá certo

Por Alexandra Forbes
16/03/13 19:34

Porteira do hotel QT Sydney

Tenho bode de hoteis-butique. Me cansa a música lounge tocando por toda parte, os corredores escuros e, principalmente, os funcionários metidos a besta, hipsters ineficientes. Impressionante como 90% dos hoteis-butique em que já me hospedei têm isso em comum.

Por isso minha estadia no QT Sydney semana passada foi uma agradável surpresa.

spa do QT Sydney Foto: divulgação

O lugar tem cara de hotel butique (e sim, toca música nos ambientes públicos, que felizmente não é lounge) mas consegue entregar o esperado: bom serviço, e conforto no quarto.

Sabem quando um hotel moderninho preocupa-se tanto com o visual de um abajur que se esquece que o principal papel do dito abajur é iluminar? Em Paris, fiquei em um quarto ano passado no Mama Shelter que tinha uma lâmpada presa a um clip gigante fazendo as vezes de abajur. A cúpula? Uma máscara de palhaço. Eu mal conseguia achar as roupas, tamanha a escuridão. Palhaçada.

Enfim: o resumo é que o look nunca deve ser mais importante do que a utilidade. E no QT Sydney eles acertaram a mão.

Fiz um vídeo, ao invés de fotos – ruinzinho, desculpem. Mas dá uma ideia do estilo do hotel.

Aqui, o link.

 

p.s. Viajei a Sydney a convite do Tourism Australia.

Foto: divulgação

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A bela Sydney, na Austrália, em 10 imagens

Por Alexandra Forbes
15/03/13 15:57

Sydney Harbour Bridge, que pode ser escalada

Como já sabem os que me seguem no Twitter e no Instagram (@aleforbes), acabo de voltar da Austrália. Nossa, que terra longínqua, Deusdoceu! 😉

Passei 4 dias em Melbourne e 2 em Sydney – não recomendo a ninguém conhecer as cidades tão apressadamente, faz muito mais sentido ficar mais dias.

E por mais simpática que tenha me parecido Melbourne – e achei mesmo! – a verdade é Sydney me pareceu mais bonita, mais excitante, mais fotogênica e mais cosmopolita.

Contarei mais em novos posts e também na FOLHA, mas queria, desde já, ilustrar com imagens porque me encantei por Sydney….

Hotel maluquete com cavalo no topo, no bairro de Surry Hills

Palmer & Co., um de muitos bares estilo speakeasy

Fratelli Paradiso, em Pott’s Point: café da manhã nada turístico

Bondi Beach, ótima para surfar

Indo de Bondi Beach rumo ao Hunter Park

Vista do restaurante Icebergs, em Bondi Beach

 

Vista da suíte mais luxuosa do hotel Park Hyatt: a famosa Opera House

 

O salão envidraçado do restaurante Quay, com vista incrível para a Sydney Harbour Bridge e, do outro lado, a Opera House

Museu de Arte Contemporânea

p.s. Viajei a Sydney a convite do Tourism Australia.

 

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