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Alexandra Forbes

A gourmet itinerante

Perfil Alexandra Forbes divide seu tempo entre Montreal, São Paulo e restaurantes pelo mundo afora.

Perfil completo

Carne velha é que faz comida boa

Por folha
12/02/14 03:00

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Dias atrás, quando o chef Julien Mercier, do Le Bilboquet, postou no Instagram (acima) uma carne crua que ele maturou a seco por 30 dias, pensei: a febre das carnes maturadas chegou a São Paulo.

A maioria da carne maturada vendida no Brasil (inclusive aquela dos supermercados, embalada a vácuo) é “wet-aged”: passa uns dias, já no plástico, em uma câmara fria. O quente hoje é algo bem mais interessante: “dry-ageing” (envelhecimento a seco), em que o corte fica exposto ao ar, perde volume e ganha sabor.
Magnus Nilsson, do restaurante Fäviken, na Suécia, só compra vacas inteiras. Em açougue próprio, matura os diferentes cortes; filé-mignon por 30 dias, contrafilé por até —pasmem!— nove meses.

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Chef Mikael Jonsson me exibindo sua carne maturada no Hedone, em Londres

Enzimas amaciam os tecidos, e bactérias fazem brotar notas gustativas intensas, lembrando nozes ou queijo azul. Em Londres, seu conterrâneo Mikael Jonsson, do Hedone, também cuidadosamente corta e envelhece carnes. Lá comi um bife com quatro meses de idade: que potência!
Para muitos chefs, quanto mais tempo, melhor. Renzo Garibaldi, no Osso, em Lima, serve um bife ancho de 110 dias. Em carnes com longa maturação “podemos sentir notas que não sentíamos antes, como a salinidade da gordura, se o animal cresceu próximo ao mar, ou os minerais do pasto, degusta-se o terroir”, diz.
Chefs andam envelhecendo muito mais do que vacas. Bons sushimen sempre souberam que atum melhora com uns dias de descanso, mas hoje até Alex Atala anda brincando de maturar peixe. Um dos “maturadores” mais extremos é Joshua Skenes, do restaurante Saison, em San Francisco. Já chegou a servir pombo de 70 dias! Isaac McHale, do The Clove Club, pendura faisões por dez dias em câmara fria, depois tira as tripas e matura-os mais duas semanas recheados de feno. Ele também matura peixe, vaca, cordeiro e até galinha.
“Superfresco” nem sempre é elogio. Saber usar o passar do tempo a seu favor e domar a ação das bactérias para extrair novos sabores e texturas é a nova carta na manga dos grandes chefs.

 

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a deliciosa carne maturada do Hedone

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Onde há fumaça, há gosto

Por folha
29/01/14 03:02

Há pouco, no Azurmendi, perto de Bilbao, na Espanha, provei um inspirador menu-degustação que começou com o chef Eneko Atxa me mandando colher tomatinhos na horta e seguiu com caldinho
de feijão defumado. Tão bom que pedi outro, um de repetidos lances em que o defumado dominou.
Atxa é um de muitos chefs da nova geração que abraçam entusiasmadamente as comidas defumadas —o que envolve alto grau de risco. Fina linha separa o levemente defumado do “não sinto o sabor do que eu pedi”. No NoMad, em Nova York, em memorável jantar, amiga minha queixou-se: “Meu foie gras veio mascarado, tem gosto de fumaça”.
O defumador virou o sonho de consumo de muitos chefs. Júlio Raw, do Z Deli Sanduíches, de São Paulo, está ansioso para estrear o seu, na filial que abrirá. Os cultuados Dave McMillan e Fred Morin,
do Joe Beef em Montréal (Canadá), orgulham-se ao exibir, no quintal, seu gigante aparato de defumar carnes. Há também métodos mais modernos e práticos de capturar o aroma de fumaça, por destilação ou usando o aparelho Super Aladin, que custa cerca de US$ 300 (cerca de R$ 700) e tem design inspirado em pipa de fumar maconha.
Alguns levam a fumaça à mesa. No Mugaritz, perto de San Sebastian, também na Espanha, desfila pelo salão uma panelona de ferro cheia de brasas. Dormitam sobre elas pacotes contendo delicioso bolo de milho, o aroma, inebriante.
Vale casar fumaça com tudo, quase. Na Austrália há chefs que defumam batata, manteiga, noz-macadâmia, ricota e até salsinha.
O combustível deve ser cuidadosamente escolhido, pois define o aroma (muitos usam palha úmida). Atxa, no Azurmendi, queima galhos de parreiras de seu sítio. Cory Campbell perfuma suflê de cumaru com fumaça fria de casca de coco em Melbourne, na Austrália.
Em Lima, no Peru, o chef Virgilio Martinez incinera frutinhas nativas com maçarico. A moda desdobra o fumo em um universo de cheiros e gostos mais vasto do que se pode imaginar. O difícil é saber dosar e deixar falar mais alto o ingrediente principal.

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Do lixo para o menu: a cozinha “Da Raiz ao Caule”

Por folha
08/01/14 03:05
Chef Sean Brock

Chef Sean Brock

 

Já comeu folha de beterraba? Caule de brócolis? Pois é nessa direção que segue a gastronomia nestes dias: a exploração de partes de legumes e verduras geralmente descartadas e a supervalorização do mundo vegetal.

A nova onda é irmã caçula da cozinha “nose-to-tail” (da fuça ao rabo), cujos adeptos usam o animal inteiro, até rabos e orelhas.
“Fazendeiros me olham como se eu fosse louco quando peço que me mandem caules e raízes de pés de alface”, diz o chef Sean Brock, dono do restaurante Husk, na Carolina do Sul, nos Estados Unidos. Obcecado pesquisador de espécies de plantas e defensor de uma política desperdício-zero em sua cozinha, Brock usa caules, folhas e raízes nas mais criativas preparações.
Seu amigo Daniel Patterson, do Coi, em San Francisco, também nos EUA, segue uma filosofia parecida e elogia, por exemplo, o dulçor e o intenso sabor de brócolis de folhas imaturas: “Muito melhores do que os floretes”, diz.
Já comeu folha de beterraba? Caule de brócolis?
O restaurante Momo, em Melbourne, na Austrália, serve pato com folha de beterraba, enquanto em Paris o La Dame de Pic casa lindamente porco com figo e folhas de figueira. E no Pakta, em Barcelona, mexilhões fazem par com o gelatinoso glóbulo que contém as sementes do tomate.
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O livro “Root to Stalk Cooking” (editora Ten Speed Press), algo como “cozinha da raiz ao caule”, lançado em agosto, ensina a usar palha de milho e ramos de erva-doce, e  cimenta o movimento.
O princípio é belo. Mas e na prática? Se sempre comemos a raiz da cenoura e não as folhas, as ervilhas e não a planta em que brotam, é porque têm gosto e textura melhores.
Cabelo de milho, patinhas de camarão, lardo. Prato de Roberta Sudbrack.

Cabelo de milho, patinhas de camarão, lardo. Prato de Roberta Sudbrack.

Só talento e técnica transformam partes menos nobres de um vegetal em algo superlativo. Encantei-me pelos cabelos de milho servidos com patinhas de camarão e lardo pela chef Roberta Sudbrack, em seu restaurante homônimo, no Rio.
Mas tenho lembranças nada boas de cascas e folhas insossas e raízes amargas provadas por aí afora. A onda “da raiz ao caule” acaba por separar o joio do trigo…
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Novidades de Trancoso: sorvetes by Uxua e burrico do Jacaré

Por Alexandra Forbes
28/12/13 16:22
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arroz de polvo do Etnia Praia

De volta a Trancoso, mais um ano….  E a cada ano o grau de peruagem aumenta, acho incrível ver tanta gente de Chanel e Missoni e make-up em plena praia mas…. faz parte do circo, e me divirto.

Este ano, mais uma vez, os dois restaurantes do “ser-e-ser-visto” são o Maritaca (italiano com excelente pizza de carpaccio) e o Los Negros, do chef argentino Francis Mallmann em parceria com Fernando Droghetti, o Jacaré.

Lotados toda noite. Em um lugar onde come-se mal, de um modo geral, eu vou nos dois, mesmo lotados, para não cair em roubada. Ontem resolvi dar uma chance ao tradicional Silvana, no Quadrado, e…… horror. Nem vou perder tempo descrevendo. Pior cocada da história, com leite condensado e abacaxi (!).

Hoje ou amanhã estreia o “restaurante” ambulante do Jacaré: um burrinho chamado Luiz Caldas, com um isopor de cada lado. Um cara fantasiado, puxando o Luiz, venderá sanduíches (da marca “Bom pra Burro) e vinho branco em taça. Mais cômico, impossível.

 

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Não parece, mas é: sorveteria novíssima do UXUA

Hoje estreia também a sorveteria (sorry, gelateria) do minihotel de alto luxo UXUA. Em pleno Quadrado. Deslumbrante. Dá trabalho achá-la, de tão discreta a fachada. Fica ao lado da Silvana e fecha cedo (lá pela 21h). Tem café, também.

E este ano as pousadas Etnias (há uma perto do Quadrado e outra na praia, ambas deslumbrantes) estão funcionando como restaurante. Mas para muito pouca gente, há pouquíssimos lugares. Imprescindível reservar, e ambos fecham cedo (às 22h ou 23h). A Etnia Praia tem um arroz de polvo que é das melhores coisas que já comi em Trancoso. Perguntei ao chef Pedro Sobral o segredo (geralmente, polvo na Bahia é duro, borrachudo). Diz ele que quase não cozinha o polvo. Só isso. Boa mão. “Bater para amaciar, não. Não gosto de bater no que vou comer”.

Então tá! 😉

 

 

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Brooklyn: nova capital gastronômica

Por folha
11/12/13 03:00
hotel Wythe, no Brooklyn.  Foto: divulgação

hotel Wythe, no Brooklyn. Foto: divulgação

Quando o mercurial Paul Liebrandt anunciou que sairia do Corton —restaurante premiado que ele comandou com brilho por cinco anos— e que abriria algo mais simples no Brookyln, nova-iorquinos ficaram estupefatos. Para eles, era algo tão improvável quanto a Helena Rizzo deixar o Maní em Pinheiros para abrir um bistrô em Alphaville.
Em outubro, aos dois meses de idade, o The Elm (no novo hotel King and Grove) foi elogiadíssimo pela crítica do “New York Times” e Liebrandt sagrou-se o primeiro chef de alto quilate e famoso a transplantar-se com sucesso para o Brooklyn, mais conhecido como reduto de artistas, “hipsters” e naturebas do que como um destino gourmet. Ele demonstrou haver método em sua aparente loucura, firmando, com sua chegada, o novo status do bairro como importante capital gastronômica.
Até uns anos atrás eu não atravessava a Brooklyn Bridge para comer: não havia nada extraordinário o bastante para compensar o caro trajeto de táxi. Hoje, quem quer ver o que há de melhor e mais novo na gastronomia local nem pode pensar em ficar só em Manhattan. Uma das reservas mais impossíveis de se conseguir nos Estados Unidos, por exemplo, é no Brooklyn Fare, restaurante de apenas 12 lugares, cultuado por “foodies” e tido por muitos como o melhor da cidade.
chef Daniel Burns, do Luksus.    Foto: Thomas Bowles

chef Daniel Burns, do Luksus. Foto: Thomas Bowles

Mas há mais no Brooklyn, muito mais, e cada vez mais. Estrela em ascensão, o chef Daniel Burns (ex-Fat Duck, Noma e Momofuku) vem servindo impressionantes menus-degustação em seu novo Luksus.
Os donos da minha pizzaria favorita em Nova York, a Franny’s, abriram o italiano Marco’s, mais escurinho e cerimonioso, onde assam com maestria carnes e verduras em forno a lenha.
Outra pizzaria fantástica, a Roberta’s, tem nos fundos, escondido, o hypadíssimo Blanca, onde o chef Carlo Mirarchi dá show de técnica em menus de mais de 20 pratos. Entre os notáveis há ainda o Aska, de influência nórdica, o Frankies Spuntino e o Reynard, este no novo e deslumbrante Wythe Hotel.
O epicentro da Nova York gastronômica definitivamente cruzou a ponte —e logo a boiada seguirá.
Aqui, link para um mapa que fiz no Google com todos os endereços e telefones dos lugares citados.

E mais Nova York:

  1. Restaurantes de Nova York: dicas minhas e do chef Benny Novak
  2. M.Wells no museu MOMA P.S.1 em Nova York, de um discípulo do chef Martin Picard: cool e delicioso
  3. O hotelier André Balazs abre um segundo hotel The Standard em Nova York, na Bowery
  4.  Mission Chinese, em Nova York, e o chef-proprietário Danny Bowien, explodem em cena
  5. Minha “briga” com o dono do Chez Sardine, novidade ultrabadalada de Nova York
  6. A moda da salada caesar “reinventada” e restaurantes de Nova York
  7. Decepção no japonês de Nova York mais elogiado por chefs: Kajitsu
  8. O bacaníssimo hotel NoMAD em Nova York
  9. Salvation Taco, em Nova York:o novo mexicano da chef April Bloomfield (The Breslin, John Dory)

 

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Os 10 melhores restaurantes de São Paulo para estrangeiros

Por Alexandra Forbes
08/12/13 04:10
Sushi de uni (ouriço) no Jun: imbatível

Sushi de uni (ouriço) no Jun: imbatível

O pior burro é o que não aprende, como já dizia meu pai. E em post de uns meses atrás, listei os 10 endereços de São Paulo que recomendaria a estrangeiros.

Pois mudei de ideia, por vários motivos.

Primeiro: adoro o Shin Zushi, que tinha recomendado, mas além de ser caríííííííssimo só tem graça para quem reserva no balcão, ou, ligando em nome de outra pessoa, consegue dar uma bela carteirada .

Corre-se o risco de chegar lá, não ter lugar no balcão e a desaforada senhora do caixa (dona do lugar) tratar um gringo rispidamente e mandá-lo sentar em uma mesa, fazendo-o sentir-se em uma espécie de Sibéria. O Ken, que comanda o balcão, é dos melhores sushimen da cidade, mas quem liga lá durante o serviço não consegue falar com ele, por causa da… mesma senhora do caixa, por acaso, mãe dele. Um tanto abupta e impaciente, não é exatamente a pessoa mais indicada para receber um estrangeiro caído de pára-quedas….. (ela  tem o mau hábito de arredondar contas para cima ou para baixo conforme o perfil do cliente).

No post prévio, também havia indicado o bar do Luiz Fernandes, na Zona Norte, que, pensando bem, não é exatamente acessível para um gringo de passagem. Coisas de boêmia entusiasmada: realmente encantei-me pela animação desse botequim recomendado pelo Rodrigo Oliveira do Mocotó.

Eis então uma lista repensada e revisada dos lugares em São Paulo que eu recomendaria a estrangeiros:

1) Tappo Trattoria

Está de chef novo (Rodolfo de Santis) e em seu auge absoluto. O melhor exemplo de cozinha italiana em São Paulo, em um salão deliciosamente intimista. Mais, aqui.

2) Attimo

Outro que encontrou seu caminho, o Attimo nunca esteve melhor. Ainda acho que o espaço (um mármore só) destoa da despretensão caipira do chef Jefferson Rueda, mas ainda assim, é uma experiência curiosa e feliz para qualquer um que esteja de passagem.

3) Tordesilhas
Quer entender o que é comida brasileira, mr. Smith? Pois vá ao Tordesilhas, e ponto final.

4) Fasano + Baretto
Sou antiga, fazer o quê? Acho o Fasano o espaço mais lindo de São Paulo e adoro um piano-bar…. ainda mais um onde sempre me tratam bem. E antes de entrar no Baretto em si, adoro “exibir” para amigos de fora o lobby do hotel Fasano, para mim um dos mais elegantes das Américas. Raro um lobby que também é bar, não? Adoro.
Rua Vittorio Fasano, 88, tel. 3896-4000

5) Jun Sakamoto
Eu recomendaria a qualquer amigo gringo que reservasse balcão, com o Jun. A fama de chato/bravo é injustificada, a meu ver. Acho o Jun o oposto: atencioso e educado ao extremo. Além disso, ele consegue mostrar do que São Paulo é capaz, “a nível de” sushi…., com um serviço, na retaguarda, geralmente à altura.

6) D.O.M.
Precisa explicar?

7) Maní
Meu restaurante favorito em São Paulo, simples assim. Sempre bom, sempre alegre.

8) Epice
Recomendo sempre a estrangeiros que já foram ao Maní e ao D.O.M.  Um sólido endereço de cozinha autoral, nem sempre compreendido.
Rua Haddock Lobo, 1002, tel. 3062-0866

9) Lá da Venda
Ao invés de tentar explicar os sabores do interior de S.P. e de Minas, eu simplesmente levo as pessoas ao adorável Lá da Venda, da igualmente adorável Helô Bacellar, cozinheira de mão cheia. Lá servem o melhor bolinho de chocolate que já provei, em forma de joaninha, e mil outros doces maravilhosos, entre outras coisas. Clima interiorano, bom gosto, e mil e um achados que dão vontade de gastar o que não se deve, de queijo da Canastra a bules esmaltados. Amo.
Rua Harmonia, 161, tel. 3037-7702

10) Arturito
Este aqui é um favorito desde sempre de meu amigo comilão Joaquim Barbosa de Almeida. Eu antigamente não gostava, por motivos que deixei claros em textos passados (preços altos, escuridão exagerada, etc). Mas como a função do crítico gastronômico não é cismar nem castigar, mas sim observar sem preconceitos, e como os defeitos foram consertados, voltei recentemente e mudei de ideia. O Arturito está ótimo. Grande cozinha focada em produtos, sem firulas. Tudo de um bom gosto impecável. E da empanada e do sorvete de doce de leite já tanto falaram que só me resta dizer que são muito bons mesmo.
Rua Artur de Azevedo, 542 , entre as ruas Cristiano Viana e João Moura, Tel. [11] 3063 4951

E dois bares (onde se pode almoçar ou jantar maravilhosamente bem):

1) Bar Veloso:
Melhor caipirinha de São Paulo. Melhores petiscos de São Paulo. Tudo servido em um feliz e boêmio aperto, em uma esquininha simpática.
Rua Conceição Veloso, 56, tel. 5572-0254

2) Pirajá:
Um botequim retrô que virou template para mil e uma imitações mas, a meu ver, imbatível. Ótima feijuca, ótimas friturinhas, ótimo chope, excepcional serviço. E um quê de Rio de Janeiro, com  muito samba na caixa. Fui uma das primeiras clientes, e, até hoje, volto sempre que posso.
Av. Brg. Faria Lima, 64 – Pinheiros  tel.. 3815-6881

 

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Restaurante Amass, em Copenhague: mais do que excelente

Por Alexandra Forbes
08/12/13 00:46
Restaurante Amass, em Copenhague

Restaurante Amass, em Copenhague

 

O “problema” de gente que viaja e come tanto quanto eu é começar a subestimar coisas. Hoje mesmo, falando com uma amiga que faz o mesmo que eu – percorre o mundo a testar restaurantes, muitas vezes comigo – eu admiti que as últimas cinco ou oito viagens estavam misturando-se, meu cérebro dando tilt tentando relembrar sabores de 197 menus-degustação.

Pois dizem que uma imagem vale por mil palavras, e hoje pus-me a olhar todas as fotos tiradas em 2013. O que me espantou, entre outras coias, foi revisitar o jantar no Amass, em Copenhague, através dessas fotos. Um restaurante relativamente novo, do ex-braço direito do René Redzepi do NOMA, o americano Matt Orlando.

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Fica em um galpão encharcado de luz, a parede principal, de concreto, toda grafitada. Lugar jovem, de gente cheia de energia e vontade de vencer.

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pão de batata com verdes, no Amass

para comer com a mão: verdes sobre pão de batata (flatbread)

para comer com a mão: verdes sobre pão de batata (flatbread)

Estive lá em julho e foi simplesmente fantástico. Às vezes as impressões se perdem, especialmente quando vou comer em lugares cheios de bons restaurantes. É tanta comida boa de uma vez que fica difícil de digerir tudo, de computar o quão boa estava cada refeição.

Pois Copenhague é dessas cidades, e Amass foi dos últimos restaurantes que visitei na viagem.

Estava incrível, mas àquela altura eu tinha cansado, um pouco, de tanto comer.

Agora, revendo as fotos……………  uau. Que jantar! Vejam esse prato, por exemplo:

escondidos sob "neve" de foie gras, doces camarõezinhos locais

escondidos sob “neve” de foie gras, doces camarõezinhos locais

os camarõezinhos, já no garfo.....

os camarõezinhos, já no garfo…..

Enfim: sei que um em mil (ou quinze mil) leitores irá a Copenhague no próximo ano, mas mesmo assim, queria dizer o quão importante é colocar as coisas em perspectiva. O nível do que se come em Copenhague é tão alto, mas tão alto, mas a gente vai se acostumando e acaba conseguindo achar defeito nisso ou naquilo.

 

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Cavalinha e cebolinha, no Amass

Preciso sempre me policiar para não virar uma chata, exigente demais. O que pareceria o paraíso para a maioria das pessoas, para alguém que passou cinco dias comendo menus-degustação sem parar pode parecer menos excitante.

E no entanto, hoje, relembrando, vejo o quão maravilhoso foi. No final da longa degustação – um prato melhor do que o outro -, trouxeram uns bolinhos – montes deles!- quentinhos, saídos do forno. Eu já não conseguia mais comer, então enfiei alguns na bolsa para a manhã seguinte. Que delícia, e que atrevimento, um chef de formação tão vanguardista servir algo tão retrô!!

bolinhos servidos no final do jantar no Amass

bolinhos servidos no final do jantar no Amass

Repensando, revendo fotos, concluo, mesmo pelo pouco que vi e comi na cidade, que Copenhague está entre as grandes capitais gastronômicas do mundo.

E o Amass, que naquela noite eu talvez tenha subestimado pelo meu estado de cansaço, é um restaurante de primeiríssima.

Fica a dica…. 🙂

Amass
Refshalevej 153
1432 Copenhagen
tel.: +45 4358 4330
info@amassrestaurant.com

E mais Amass:

“Peitos e Coxas estão em baixa”, no COMIDA

 

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Melhores restaurantes de Nova York: dicas minhas e do chef Benny Novak

Por Alexandra Forbes
01/12/13 23:46

Procuro ir a Nova York sempre que posso, mas a última ida foi dez meses atrás.

Comi loucamente, como de hábito, e comparti impressões dos lugares de que gostei com leitores e amigos.

Aí perguntei ao chef Benny Novak – para quem passei algumas recomendações – o que ele tinha testado e aprovado na sua última viagem, super recente. Combinando as dicas deles e as minhas, cheguei a uma lista que será útil a qualquer pessoa que esteja de viagem marcada e seja muito gulosa. Lá vai:

Roberta’s

Benny: “Fui no Roberta’s e adorei….Se encaixa facilmente na lista de dicas !!! Ótima comida, ótima pizza. Barulhento mas muito bom.”

Eu: “Vá esperando um caos, uma bagunça festiva. Quem não chega antes das 7 tem que esperar, vive lotado. Como bem diz o Benny, ótima comida, vai muito além das pizzas”.

 

Per Se 

Benny:  “A perfeição no “quesito” gastronomia clássica …Isso mesmo: clássica comida com cara de comida. Thomas Keller prima pela técnica absoluta em cada ingrediente usado. O melhor foie gras que ja comi.”

Eu: “Faz tempo que não vou, mas nas três visitas tive a mesma impressão de um lugar bem formal, sério, onde espera-se que as pessoas passem três horas comendo e bebendo e apreciando cada garfada. Típico três estrelas Michelin com serviço impecável e comida idem, mas não exatamente leve ou divertido – para comedores sérios dispostos a gastarem bem”.

 

Eleven Madison Park

Benny: “ Uma modernidade que não incomoda, uma refeição lúdica, elegante e perfeita.”

Eu: “Amém. Além de ser o salão mais deslumbrante de Nova York. Basicamente, melhor restaurante da cidade, ponto”. Aqui, link para coluna no COMIDA sobre Daniel Humm.

Importante: quem não quiser gastar uma fortuna e provar um menu interminável deve reservar no NoMAD, restaurante no hotel homônimo tocado pelo mesmo Daniel Humm. Melhor frango assado do planeta servido em um ambiente deslumbrante.

 

Carbone

Benny: “Me senti na época em que a máfia dominava a Little Italy. Ambiente simples, vintage sem ser fake…Comida muito simples de trattoria, reconfortante, daquela que abraça mesmo, tipo “meatballs and rigattone alla vodka. Puoootzzz!”

Eu: “Foi dica minha, porque adoro o outro restaurante dos mesmos donos, o pequeno Torrisi, então achei que consequentemente o Carbone tinha que ser ótimo também. Alegro-me de saber que tinha razão em achar que eles acertariam no alvo de novo….”

 

Mighty Quinn’s

Benny: ” “You gotta be mighty might to get that” …Sensacional a ideia. Para mim é o hit do momento no Lower East Side de Nova York e a sensação da feira do Brooklyn, a Smorgasburg .

Tudo defumado em um enorme defumador alimentado a lenha, sem serviço de salão…você vai pra fila e escolhe entre as deliciosas carnes defumadas ( Brisket,Pulled Pork, Smoked Sausage, Spared Ribs, Half Chicken, Brontosaurus Rib, Burnt End,Wings).Tudo picante mas bem aceitável – nada como as incomíveis wings (asinhas de frango) do Mission Chinese – e acompanhamentos otimos também. Definitivamente vale a visita para um almoço …”

 

Little Branch 

Benny: “Um buraco, literalmente, onde se bebe. Somente bebidas, nada de comida.  Sem letreiro, se bobear passa do lugar. Barmans usando suspensórios levam a coisa bem a sério no subterraneo Little Branch.…ótimos drinques clássicos. Apesar de pequeno , eventualmente rola um trio de jazz ao vivo. Vá com sede!!”

 

Luksus

Eu: “Ainda não fui, infelizmente, porque abriu em maio, mas boto minha mão no fogo pelo chef e co-proprietário, Daniel Burns, que conheço bem. Ex-Noma, ex-Fat Duck, ex-chefe de pesquisas do grupo Momofuku, o cara é genial. Menu degustação moderno, ousado, com pitadas escandinavas (ele morou anos em Copenhague) e ingredientes de primeiríssima. Fica em um lugar bem fora de mão no Brooklyn mas vale o táxi. Basta googlar Luksus e ler as críticas publicadas recentemente para entender que trata-se de uma das maiores novidades do ano”.

 

 Outras boas de Nova York:

 

1. Rotisserie Georgette

A nova casa da ex-braço direito do uberchef Daniel Boulud serve frango assado chique.

 

2. ABC cocina

Versão mex do tudo-de-bom ABC Kitchen, de Jean-Georges Vongerichten.

 

3. Uncle Boons

Thai de casal de cozinheiros saído do Per se. De tão bom, chega a ter duas horas de espera.

 

4. Lafayette

Espécie de Balthazar versão 2013, muito badalado. Comida ok.

E mais Nova York neste blog, clicando aqui….

E, claro, a verdade é que novidades são ótimas mas continuo amando certos lugares que jamais me desapontaram. Minetta Tavern, em primeiro lugar. Le Bernardin (careta, mas imbatível em peixes). E meu novo “queridinho” é o restaurante do hotel NoMAD. Bonito, sexy, bom serviço e um frango assado de tirar o chapeu. Aqui, detalhes.

 

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Nova Trattoria de Rogerio Fasano fortalece a "São Paulo italiana"

Por Alexandra Forbes
01/12/13 22:10

 

Rogerio Fasano e o polpetone da nova Trattoria

Começo com uma confissão: nunca fui ao Jardim de Napoli provar o famoso polpettone. Deveria ter ido, claro, considerando minha profissão. Prato nenhum chega a tamanho grau de fama e sucesso à toa.

E ando pensando em polpettones porque acho que foi um gesto corajoso da parte do restaurateur (e hotelier) Rogerio Fasano torná-lo o carro-chefe de sua recém-inaugurada Trattoria (Rua Iguatemi, S/N – (atrás do Edifício Pátio Malzoni, entre a Rua Joaquim Floriano e Av. Horário Lafer, no Itaim, tel. 3167 3322).

Ele me contou em julho que estava orgulhoso daquele prato, antes visto como algo nada sofisticado e de pouco interesse para “comedores sérios”. Provamos juntos uma versão “test-drive”, em pleno lobby do hotel Fasano.

Pois o polpettone – assado, ao invés de frito –  estava absolutamente delicioso, o molho de tomate intensamente reduzido, pedaçudo e com um toque de dulçor, a carne surpreendemente delicada. Uma coisa assim falsamente rústica, cuidadosamente estudada.

Via-se que Rogerio estava orgulhoso do feito.

“Nesse novo restaurante vou fazer uma revolução ao contrário. O bacana vai ser o velho!”, disse.

Essa Trattoria – que pelas fotos mil postadas no Instagram parece ser linda – ajuda a firmar a imagem de São Paulo como cidade “italianada”. E é orgulhosamente tradicional, faz o clássico e ponto final.

Quando os publishers de uma das revistas de gastronomias mais cools do mundo, a FOOL, me disseram que o tema da próxima edição seria a Itália, eu imediatamente disse a eles: “mas a cidade mais italiana que conheço fora da Itália é São Paulo!”

Pers-Anders e Lotta Jörgensen me olharam com ar de espanto.

“Verdade?”

Assim, a pedido deles, pus-me a pesquisar os detalhes históricos e todos os porquês da “italianice” paulistana. Eis aí um trabalho delicioso: passar uma tarde “googlando”, lendo deliciosos relatos de imigrantes, vendo fotos da festa de Nossa Senhora Achiropita, revisitando, virtualmente, lugares de que há tempos não ouvia falar.

Há quantos anos não vou ao Brás, o bairro que deu nome à Bráz, minha pizzaria favorita, nele inspirada? Nem quero lembrar…

Escrever esse texto para a FOOL foi uma volta ao passado, revirei o baú de memórias infantis, de almoços de família no Ca’d’Oro e tanto mais. Aliás, falando nisso: já viram o Ca’d’Oro que em breve renascerá das cinzas?!

Aí tive a ideia de entrevistar o menos italiano dos homens: Juscelino Pereira, hoje co-proprietário de uma série de restaurantes, como Piselli, Zena Caffé e Maremonti. Acho fascinante o trajeto profissional dele, alguém que veio do interior paulista com tão pouco, formou-se na “escola FASANO”, fez seu nome e acabou tornando-se mais apaixonado pelo Piemonte do que a maioria dos piemonteses.

Juscelino Pereira Foto: Divulgação

Perguntei: “você imaginava, no início da carreira, que um dia teria ligação tão forte com a Itália?”

E ele: “de jeito nenhum!!” e começou a contar de sua primeira ida ao país, em que pulou de região em região, terminando no Piemonte, quase 20 anos atrás.

“O Angelo Gaja me recebeu. Ficou comigo o dia inteiro, mostrando tudo o que ele fazia. Aí me levou para almoçar, comemos um carpaccio com trufa acompanhado de um dos grandes vinhos brancos dele. Aí bebemos praticamente todos os outros vinhos dele com os pratos que se seguiram, foi emocionante, um privilégio muito grande”.

(aqui, link para o vídeo de minha entrevista com Angelo Gaja, esse que considero um dos maiores produtores de vinho do mundo, no Dalva e Dito).

Aí começou a ligação de Juscelino com o Piemonte, região que ele homenageia em seu restaurante Piselli. (restaurante que anda bem bom, por sinal….)

E nessa longa conversa ele disse uma verdade: anos atrás, tínhamos cantinas e restaurantes italianos caros. Dois extremos. Hoje, São Paulo tem vários restaurantes que buscam representar regiões específicas, e, generalizando, come-se comida italiana de qualidade muito melhor do que dez anos atrás. “Não dá mais para só mais um italiano sem foco, com aqueles pratos todos que os clientes gostam, como o spaghetti à carbonara, tem que se inspirar em uma região da Itália, com uma certa tipicidade”.

Para Juscelino, “é isso que está movendo a gastronomia italiana hoje em São Paulo”, esses novos restaurantes focados em regiões específicas. Ele acha, inclusive, São Paulo mais italiana até do que Nova York.

Muito de nossa “Itália” tem uma pegada nitidamente brasileira, e estamos a anos luz de Nova York (outra cidade italianada) em termos de ingredientes à venda em mercados (além de pagarmos o triplo). E como faz questão de me lembrar um amigo que gosta de comer bem, não dá para comparar o que se come na Itália com o que temos em São Paulo.

Verdade.

Diz ele: “eu teria vergonha de levar o Angelo Gaja para jantar em um de nossos restaurantes italianos”.

O.k., vejo o ponto.

Mas, ainda assim, somos italianíssimos.

E ainda bem, não?

 

 

 

Aqui, texto do Josimar Melo sobre a Trattoria.

 

 

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Boom hoteleiro leva boas mesas ao Rio

Por Folha
27/11/13 03:00

Muitos dos melhores restaurantes do mundo ficam em hotéis de luxo —e não por acaso. Quanto mais fina a mesa, maiores os custos e menor a chance de dar lucro. Nos cinco-estrelas, os quartos subsidiam as caras extravagâncias requeridas pelos chefs, as delicadas louças e taças e o batalhão de garçons.

Por mais de década caiu de moda jantar em hotéis. Mas de três anos para cá notei um revival puxado pela retumbante abertura do excelente NoMad, no hotel homônimo, e pelo sucesso do também delicioso The Breslin, no hotel Ace, ambos em Nova York e tocados pelos estrelados Daniel Humm e April Bloomfield, respectivamente.

Em Paris, o chef Alain Ducasse reabriu seu três-estrelas “Michelin” em um suntuoso salão no Le Meurice. A rede Mandarin Oriental tem investido muito em chefs de renome: no hotel de Barcelona, quem comanda a cozinha é a grande Carme Ruscalleda, e no de Paris, Thierry Marx.

Mas é no Rio (onde Ducasse vai abrir um restaurante em sociedade com Alex Atala) onde mais vejo a hotelaria dando forte impulso à cena gastronômica. Até pouco atrás, um Saara onde boas mesas contavam-se nos dedos de uma mão, a cidade enriqueceu com a abertura do Al Mare, no hotel Fasano, do Térèse, no hotel Santa Teresa, e do subestimado Alloro, no Windsor Atlântica.

O boom hoteleiro pré-Copa trará mais. Está em construção a filial carioca do Emiliano de São Paulo, em Copacabana, que certamente contará com um restaurante de primeira classe. Em 2015, os donos do Santa Teresa abrirão o Baba Square, menos luxuoso, no mesmo bairro, enquanto o grupo Sofitel dará um precisado “up” no velho Caesar Park, relançando-o como So, um hotel de design. Ambos deverão ter restaurantes bacanas.

Há ainda o pan-asiático, com carta de chás e balcão de sushis, que será aberto em janeiro no Copacabana Palace pelo chef-celebridade sino-americano Ken Hom.

E que venham outros.

 

 

E como bem lembra meu amigo Gustavo, se há um hotel carioca que investe há muitos anos em gastronomia, esse hotel é o Sofitel, cujo Pré-Catalan está entre os mais refinados da cidade. Posso não ser apaixonada pelo estilo de cozinha, e acho que há falhas de execução, mas mesmo assim tiro meu chapeu. Aliás, hospedei-me lá em julho passado, jantei no Pré-Catalan e saí impressionadíssima com o nível do serviço, não só no restaurante como no hotel inteiro. Eis um cinco-estrelas verdadeiramente world-class, coisa (ainda) tão rara no Rio.

Mais sobre o Rio, inclusive os últimos restaurantes que visitei e minha estadia no Sofitel, neste link.

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