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Alexandra Forbes

A gourmet itinerante

Perfil Alexandra Forbes divide seu tempo entre Montreal, São Paulo e restaurantes pelo mundo afora.

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Chef Massimo Bottura da Osteria Francescana explicando aceto balsamicos - vídeo

Por Alexandra Forbes
21/11/12 16:45

Observando a cor de um super aceto balsamico no contra-luz

Mês passado viajei até Modena, na Itália, só para jantar no restaurante Osteria Francescana, cotado número 5 no famoso e controvertido ranking Os Melhores Restaurantes do Mundo. Dessas loucuras que eu costumo fazer.

Fiquei na charmosa cidadezinha apenas duas noites, mas, felizmente, deu tempo de ver outras coisas além do tão falado restaurante (que é, sim, tudo o que dizem, mas depois eu conto).

No dia seguinte ao espetacular jantar eu e minha amiga Marie-Claude Lortie, também jornalista, fomos conhecer o museu onde os melhores acetos balsamicos do mundo são analisados e ranqueados. Quem nos levou e nos explicou tudo? Ninguém menos que o próprio chef da Osteria, o figuraça Massimo Bottura. Foi uma experiência in-crí-vel. Tanto assim que filmei alguns momentos e colei-os neste vídeo (as partes filmadas pelo chef estão completamente fora de foco, perdoem…).

Para quem não entende muito o que faz esse vinagre tão especial, o vídeo vale ouro, mesmo se as falas são majoritariamente em italiano.

E um resumo do que é aceto balsamico (vinagre balsâmico em português), aqui.

Mais sobre Massimo Bottura e a Osteria Francescana:

  • Massimo Bottura no evento Mistura, em Lima, no COMIDA
  • Massimo Bottura no MAD Symposium em Copenhague, no COMIDA
  • Um jantar na Osteria Francescana, prato-a-prato
  • Vídeo: o dia em que os chefs David Chang (Momofuku Ko) e René Redzepi (NOMA) baixaram na Osteria Francescana de surpresa
  • O novo look da Osteria Francescana
  • Francheschetta58, o segundo restaurante de Bottura em Modena, no COMIDA
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D.O.M., Roberta Sudbrack e Tordesilhas: os pratos mais memoráveis

Por Alexandra Forbes
19/11/12 14:09

Pirão de mandioca com barriga de porco, do Tordesilhas

Aos que seguem este blog, não é nenhum segredo que acompanhei vários chefs norte-americanos em passagem recente por São Paulo e Rio. Inclusive, os highlights das impressões deles sobre o que comeram e beberam foram tema da minha coluna desta semana.

Até agora, não tinha contado as minhas próprias impressões. Comi com os chefs em restaurantes que já conhecia bem – Tordesilhas, D.O.M., Roberta Sudbrack, Mocotó, Maní – e outros que conhecia pouco ou nada: Attimo, Olympe.

Foi curioso notar que o que mais marcou os chefs, mais marcou a mim também, mesmo que tivéssemos perspectivas super diferentes.

De novo, meu prato favorito do menu-degustação do Tordesilhas

Do longo menu provado no Tordesilhas – todo ele muito gostoso – não me esqueço do pirão de mandioca com barriga de porco bem molinha e desfiada por cima. Comfort food de primeiríssima! E servi-lo em charmosa cumbuca de pedra-sabão… ponto para a chef Mara Salles.

Vai parecer – e é – chover no molhado, mas o D.O.M. deixou a todos de quatro. Devo ter comido uns 30 pratos mais ou menos, mas dois não me saem da cabeça. Tão gostosos que dá vontade de comer todo dia – e geralmente, pratinhos de restaurantes chiques não me deixam com essa vontade.

arroz de garoupa do D.O.M.

Um foi o arroz de garoupa. Clássico de Alex Atala, pescador e entendedor de seus peixes. A textura untuosa desse simplíssimo arroz é imbatível. Graças ao abundante colágeno da garoupa, parece envelopar a língua. E para contrastar, pequeninos e delicados crisps de do mesmo peixe. Prato mais do que simples, de pescador, em versão dos deuses.

‘Fetuccine’ à carbonara do D.O.M.

O segundo hit do D.O.M. é outro clássico: o falso fettuccine (na verdade, tirinhas de palmito pupunha) à carbonara com pó de pipoca. Tinha gosto de… um bom carbonara e pipoca – mas com um quê de diferença, claro, na textura. Palmito pode parecer pasta mas não é. Um prato que sempre me faz pensar – adoro trompe l’oeils – mas que causa reação mais forte em estrangeiros, fascinados pelo exotismo do palmito.

Jantei no Attimo e no Maní também – preciso mencionar o já famoso nhoque de mandioquinha com dashi de tucupi da Helena Rizzo, que tinha provado outras vezes e segue me parecendo ser um dos grandes hits da chef.

Mas a grande surpresa da “excursão” com os chefs veio quando chegamos ao Rio. Roberta Sudbrack nos serviu um jantar irretocável, comovente em sua simplicidade, impressionante em seu rigor técnico. Disse Daniel Humm, do três estrelas Michelin Eleven Madison Park, em Nova York: “esta é a melhor comida da viagem”. Transformar o mais simples em algo fantástico: Atala conseguiu em São Paulo. E Sudbrack, no Rio.

Quinoa com gema, por Roberta Sudbrack

O prato favorito de todos resume bem o que quero dizer (simplicidade + rigor técnico). Nada mais era do que gema com quinoa. Mas que gema! (De galinha caipira, claro) Que quinoa, em duas texturas diferentes! Deu vontade de lamber a cuia…

Quinoa com gema, por Roberta Sudbrack

Impressionou-me muito, também, o “carpaccio” de atum. Pobre atum, aparece em tartares e carpaccios por toda parte, já virou lugar comum. Mas neste caso, era fino como um véu, etéreo, e repousava sobre um leito de um azeite desses memoráveis e um levíssimo e translúcido caldo de aspargo, que geralmente custam uma fortuna e oxidam facilmente. Casamento made in heaven. Isso por cima? Rapadura. Felizmente, não interferiu no gosto.

Atum com azeite, por Roberta Sudbrack

Agora, os chefs de volta a suas respectivas cozinhas, eu de volta à academia tentando voltar à forma depois de tanta comilança, guardo feliz a lembrança desses bocados divinos, bem consciente de quão sortuda sou por ter vivido isso tudo.

p.s. Acho importante notar que, excepcionalmente, fui aos restaurantes mas não paguei conta: os chefs brasileiros receberam os chefs estrangeiros (e os jornalistas que os acompanhavam) sem cobrar.

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Restaurantes pop-up: o mais legal de todos ocupou o metrô de Nova York!

Por Alexandra Forbes
15/11/12 17:15

crédito: reprodução

A capa do caderno COMIDA desta semana, por coincidência, aborda o mesmo tema da minha coluna de estreia no mesmo caderno, ano passado. Acabo de relê-la, e, curiosamente, tudo o que escrevi à época ainda se aplica…

Por isso, resolvi repostar aqui. Lá vai:
A onda do restaurante pop-up

 

EM UM DOMINGO, a garota com ar de agente secreta distribuía passes de metrô na Oitava com 14, em Nova York, a pessoas que chegavam e davam seus nomes. O grupo desceu até a estação e entrou em um vagão rumo ao Brooklyn. Surgiram garçons de gravata-borboleta e luvas que montaram mesas e ofereceram água: “com gás ou sem, senhor?”.
Iniciou-se um surreal almoço. Seis serviços foram embarcados, um a cada parada. Na primeira chegou “amuse bouche”, crudo com tutano e ovas de truta, até que, quase no Brooklyn, pannacotta com coulis de framboesas encerrou o festim.
Quem viu, não esquecerá. Quem não viu ficará na vontade. O restô sobre trilhos não se repetirá. Vejam o vídeo:

 


Esse talvez tenha sido o mais audaz dos pop-ups -restaurantes temporários, que viraram febre em Nova York. Chefs servem menus por dias ou semanas, em espaços como o LTO no Lower East Side. Até a vetusta James Beard Foundation, que promove a cultura gastronômica nos EUA, entrou na onda com um pop-up no Chelsea Market (mercadinho no bairro homônimo). Lá cozinharam juntos, este mês, os cultuados chefs David Chang, do Momofuku (Nova York) e Inaki Aizpitarte, do Le Chateaubriand (Paris).
Os lugares se esgotaram em minutos. Como no ano passado, quando um caixote envidraçado pousou no topo do Palais de Tokyo, em Paris, servindo jantares: impossível reservar. Aí está um porquê da multiplicação dos pop-ups: frisson e novidade lotam mesas e dão dinheiro.
Chefs que embarcaram na onda têm nome, mas raros podem dizer que clientes se estapeiam para comer em seus restaurantes permanentes. Nos pop-ups, a história muda. Todo gourmet ou aspirante quer se gabar de ter estado no jantar de fulano ou no contêiner que serviu lagosta por três dias no beco “x”. A situação importa mais que a comida.
Não surpreende que empresas globais entrem no jogo. Se quem cria um pop-up diferentão torna-se automaticamente cool, porque uma Electrolux não seguiria os chefs?
Assim surgiu o Cube, objeto aerodinâmico de alumínio que materializou-se sobre o Arco do Triunfo de Bruxelas, em abril de 2011. Depois de servir refeições no céu por três meses, o cubo viajará pela Europa, sob comando de um chef local a cada parada. Quase imediatamente depois de abrirem as reservas, esgotaram-se os lugares. Esse é o objetivo do pop-up: ser inusitado e badalado o bastante para nunca ter mesa para mim ou você.

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Chef Alice Waters e Carlo Petrini, do Slow Food, almoçam no Complexo do Alemão

Por Alexandra Forbes
14/11/12 12:04

Complexo do Alemão visto do teleférico

Ontem fiz um post contando um pouco da passagem de vários chefs famosos norte-americanos por São Paulo, por causa da Semana MesaSP. Hoje, faço a continuação. De São Paulo, acompanhei-os ao Rio para uma visita rapidíssima. O motivo principal era mostrar aos dois figurões mais importantes do Slow Food, Alice Waters e Carlo Petrini, o projeto social que está sendo realizado dentro do Complexo do Alemão, um aglomerado de favelas cariocas “pacificado” desde 2010.

A ONG Gastromotiva, de David Hertz, em parceria com uma faculdade de gastronomia local e a revista Prazeres da Mesa, está capacitando e ajudando moradores da favela a entrarem para o mercado da restauração/gastronomia.

Tive a grande sorte de poder acompanhá-los até lá e… UAU.

Que chocante, que cenas fortes, que lugar louco. Lugar, não: como disse o taxista que deixou na estação do teleférico de Bonsucesso, que leva à favela, aquilo ali é uma cidade. Morros e vales forrados de casebres e barracos. Um oceano de pobreza. Já visitei muita favela na minha vida mas essa me pareceu dez vezes mais imensa do que qualquer outra.

 

 

Se eu fiquei boquiaberta, vocês podem imaginar o espanto dos chefs norte-americanos (Daniel Humm e James Kent, do Eleven Madison Park; Shaun Vanalphen do Momofuku Ko e Sean Brock do Husk).

O chef Daniel Humm, do Eleven Madison Park em Nova York, a bordo do teleférico de Bonsucesso

Depois de um impressionante “sobrevoo” a bordo de eficientíssimos teleféricos como vemos em estações de esqui do primeiro mundo (no Canadá, gôndolas), subimos por uma ruela estreita depois descemos um barranco até a arrumadíssima casinha de um casal da favela. Ali, na sua laje, comemos como reis (o menu era um mix de comidinhas do Aconchego Carioca e de receitas de gente da comunidade).

Chris Ying, diretor de redação da revista Lucky Peach, do David Chang, passado, ao chegar à favela    Foto: Sean Brock

Alice Waters, seu assessor David Prior e, à direita, Carlo Petrini do Slow Food

Discursaram lindamente. Todos tomaram garoa na cabeça. Waters e Petrini ganharam camisas da Imperatriz Leopoldinense. Um dia inesquecível.

Carlo Petrini na favela. Foto: Mariella Lazaretti

Os chefs Shaun Vanalphen, Daniel Humm e Sean Brock na estação do teleférico de Bonsucesso

E mais sobre o evento Semana MesaSP na FOLHA:

  • Eu e Josimar Melo participamos de debate sobre faculdades de gastronomia: resumo do que foi dito
  • Chefs David Chang, Sean Brock, Daniel Patterson, Normand Laprise e outros, em São Paulo: fotos
  • O que os chefs comeram em São Paulo: minha coluna no COMIDA
  • Alice Waters visita hortas públicas em São Paulo
  • O “Jantar Magno” de David Chang e Alex Atala no Dalva e Dito, por Marcelo Katsuki

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Chefs gringos descobrem SP à mesa

Por Folha
14/11/12 03:00

Carlo Petrini, presidente do Slow Food, e Alice Waters, almoçando no D.O.M.

O chef David Chang, proprietário do premiado restaurante Momofuku Ko, em Nova York, não entende a paixão paulistana por farofa: “Tão seca. Por que vocês comem isso com tudo?”. Detestou o farelo frio que lhe serviram no Sujinho, com um contra-filé “super passado do ponto”, mas depois de provar na noite seguinte queixada com crocantíssima farofa no D.O.M., concedeu: “Bem-feita assim, eu gosto!”.

Chang é do time de chefs norte-americanos que passaram por São Paulo na semana passada para palestrar no evento Semana Mesa SP. Pularam de mesa em mesa, maravilhados com tantos novos sabores.

Em restaurantes como Attimo, Clandestino e Maní, experimentaram ingredientes que lhes pareceram deliciosamente exóticos. Pirarucu! Pupunha! Cambuci!

Carlo Petrini e Alice Waters no Engenho Mocotó

“Amei o tacacá do Tordesilhas”, contou Sean Brock, do restaurante Husk, na Carolina do Sul. Os olhos de Alice Waters, chef do Chez Panisse, na Califórnia, viraram ao botar na boca uma colherada de sorvete de cupuaçu. Gostou tanto do Tordesilhas que voltou, querendo “um arrozinho com feijão”.

Chef Janaína Rueda, do Dona Onça: a mais elogiada pelos chefs. Normand Laprise e Daniel Humm encantaram-se pelas comidinhas simples e o clima de festa do Dona Onça, seu bar-restaurante no Centro, e pela calorosa e animada acolhida

Cozinheiros, aliás, costumam preferir comidinha caseira a longos menus-degustação. Os que foram ao bar-restaurante Dona Onça, de Janaína Rueda, adoraram. Daniel Humm, do premiado Eleven Madison Park, de Nova York, virou fã. “A chef me fez conhecer São Paulo por meio dos sabores da infância dela, como uma deliciosa sopa de feijão com macarrão”, contou.

Várias opiniões foram unânimes. Temos frutas e pimentas maravilhosas. Caipirinhas “made in USA” não chegam aos pés das nossas (sabores preferidos: maracujá e três limões). A mandioca é mil vezes mais versátil do que se pensava. Tudo o que leva tucupi é gostoso.

 

Chef Normand Laprise, do restaurante Toqué, em Montreal, no Engenho Mocotó

Mas a maior surpresa deles foi ver que São Paulo, com a força de alguns chefs talentosos e engajados em uma nova gastronomia brasileira, vai muito além de Alex Atala.

PS. No Semana Mesa SP, fui corresponsável pela curadoria de chefs norte-americanos.

 

E mais sobre o evento MesaSP na FOLHA:

  • Eu e Josimar Melo participamos de debate sobre faculdades de gastronomia
  • Chefs David Chang, Sean Brock, Daniel Patterson, Normand Laprise e outros, em São Paulo: fotos e vídeo do ensaio da Vai-Vai
  • Alice Waters visita hortas públicas em São Paulo

 

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The Nomad e Rosemary's vencedores no Eater Awards de Nova York

Por Alexandra Forbes
13/11/12 15:54

crédito da imagem: EATER

O importante portal americano Eater acaba de anunciar os Eater Awards 2012 para Nova York. Os vencedores não são necessariamente os melhores de Nova York, mas, certamente, esse prêmio é como um termômetro que aponta o que há, hoje, de mais quente na cidade.  O restaurante do ano, o Mission Street Food, começou como um pop-up na Califórnia. Ainda não fui, e estou curiosíssima. O prêmio “Stone Cold Stunner”, que, em tradução livre, seria “De deixar de queixo caído”, é o The Nomad, segundo restaurante do überchef Daniel Humm, que esteve semana passada em São Paulo, palestrando na Semana Mesa SP. Vejam ele com o chef americano Sean Brock (do Husk), no Mocotó, sua última refeição paulistana:

Chefs Sean Brock e Daniel Humm almoçando no Mocotó

Restaurante do Ano
Finalistas: The Nomad, Mission Chinese Food, Empellon Cocina
Vencedor: Mission Chinese Food

Chef do Ano:
Finalistas: Alex Raij (La Vara), Justin Smillie (Il Buco Alimentari e Vineria), Alex Stupak (Empellon Cocina)
Vencedor: Alex Raij

Super Quente Agora
Finalistas: Pig and Khao, L’Apicio, Rosemary’s
Vencedor: Rosemary’s

Bartender do Ano
Finalistas: Doug Quinn (ex-P.J. Clarke’s), Tristan Willey (Booker and Dax), Leo Robitschek (Eleven Madison Park e The Nomad)
Vencedor: Doug Quinn

De Deixar o Queixo Caído
Finalistas: The Nomad, Rosemary’s, Gaonnuri
Vencedor: The Nomad

Desastre do Ano:
Vencedor: Ryu

Espetáculo do Ano:
Vencedor: Isa

Para ler mais:

The Nomad, no hotel homônimo, do chef Daniel Humm
Meu guia de restaurantes mais quentes de São Paulo no EATER

 

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Chefs David Chang, Alice Waters, Daniel Humm e cia. em São Paulo

Por Alexandra Forbes
13/11/12 01:55

 

Almoçando no Tordesilhas com Alice Waters e o chef argentino Francis Mallmann (de costas) e Georges Schyner (de marrom), co-organizador da Semana MesaSP

Meninos, eu vi.

Que dias incríveis eu passei em São Paulo, semana passada, para cima e para baixo com chefs famosos norte-americanos, que estiveram na cidade a convite do evento Semana Mesa SP.

Foi tão intenso, mas tããão intenso, que nem sei por onde começar.

De cara, depois de longo e impecável almoço no Tordesilhas, caímos no samba: era domingo, noite de ensaio na quadra da Vai-Vai.

 

Ah, se vocês vissem a cara de espanto deles. Ah, se vocês soubessem quão divertido foi ver as mulatas rebolando de microsaias pretas, as porta-bandeiras rodopiando elegantemente, os senhores da Velha Guarda, a batucada… adoro esse tipo de programa. E fica ainda melhor quando ao meu redor tenho um bando de gringos embasbacados – divertido!

Caipirinha do Dalva e Dito

Nos intervalos entre as palestras, comemos. E bebemos. E comemos mais um pouco. Os detalhes disso não conto aqui porque estarão no COMIDA desta quarta-feira.

O chef David Chang, no D.O.M. (à esquerda), com Chris Ying, diretor de redação da revista americana Lucky Peach, tirando sarro da capa do livro do chef Alex Atala sobre a Amazônia

O famoso David Chang quase cancelou a viagem: seus restaurantes novaiorquinos ficaram sem luz nem água por causa do furacão Sandy! Na hora agá, ele decidiu vir mesmo assim, e fez um pit-stop de 48 horas na cidade. Palestrou no evento, cozinhou com Alex Atala no Dalva e Dito, encheu a cara de cachaça e foi dormir às 5 da manhã. Pouco depois, já estava no aeroporto embarcando de volta para Nova York.

Muitos dos chefs chegaram aqui “virgens”: sabiam pouquíssimo sobre São Paulo e menos ainda sobre nossa cozinha. Até me surpreendi…. achei que podiam ter feito alguma lição de casa antes de virem, eu tinha que explicar a eles o básico do básico do básico.

Aprovaram: a comida, as pessoas, a energia, as caipirinhas.

Acharam ruim: o trânsito absurdo, a dificuldade de se localizarem, a falta de gente que fale inglês.

No fim, entre mortos e feridos, não só se salvaram como foram embora fascinados e querendo mais.

P.S. Segui viagem com alguns deles até o Rio – mas isso já é assunto para outro post…

E mais sobre o evento MesaSP na FOLHA:

Eu e Josimar Melo participamos de debate sobre faculdades de gastronomia

 

 

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Le Vitel Etonné: meu restaurante favorito em Turim

Por Alexandra Forbes
04/11/12 00:34

Sumi quase uma semana, mas por um bom motivo: estava em Turim! Fui cobrir o evento Salone del Gusto para o COMIDA, – já leram? Sobrou pouquíssimo tempo, entre uma palestra e outra, para passear. Mas fiz questão de voltar ao meu restaurantezinho favorito na cidade, o Vitel Etonné.

Nada de chique. Nada de moderno. Mas tudo de bom.

No Piemonte há um prato típico chamado carne cruda.

Uma espécie de tartare de carne destemperado. Porque tempero ali só estragaria o prazer de sentir o sabor da incrível carne de vaca fassona, da região. Eu sonho com essa carne cruda, que deixa qualquer tartare no chinelo. É mais ou menos como a diferença entre um temaki de salmão com maionese, crocantezinhos, molho picante e tirinhas de pepino e um temaki de salmão orgânico sem mais nada além de peixe, arroz e nori. Dois mundos.

Pois a carne cruda do Vitel Etonné é como um temaki em um japonês de verdade. Temperada com sal. Picada na faca, óbvio. Chega em um quadrado meio compacto, para fazer fita, mas eu logo desmancho com o garfo e jogo farta quantidade de ótimo azeite por cima. Deusdoceu.

Mas o Vitel Etonné é mais do que sua (excelente) carne cruda. Tem tajarin com ragu de cordeiro incorrigível.

Tem um vitelo tonnato que meu amigo über gourmet Bob Noto garante ser o melhor da cidade (e ele mora lá).

E tem uma musse de chocolate com gianduja que era tão boa, mas tãããão boa, que tive que pedir uma segunda.

E olhem que a última vez que eu fiz isso foi anos atrás, com uma sobremesa de banana-madura-quase-podre da Roberta Sudbrack.

Ah, e ainda arrematei com um prato de queijos de comer de joelhos, perfeitamente afinados. Vejam a Luisa, a proprietária, descrevendo-os:

Baita restaurante. E simplinho, simplinho. Tem coisa melhor?

Le Vitel Etonné: Via San Francesco da Paola, 4
10123 Torino
tel 011 8124621
info@leviteletonne.com

De terça a sábado 10.30 AM – 01.00 AM
Domingo 10.30 AM – 3.30 PM

 

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Carlo Petrini, presidente do Slow Food, dá entrevista: vídeo

Por Alexandra Forbes
31/10/12 19:14

Confesso que não sabia. Não tinha ideia do quão carismático é o Carlo Petrini, presidente do Slow Food, organizador do evento Salone del Gusto.

Depois de conhecê-lo  pessoalmente e ouvi-lo falar… entendi tudo! Agora faz sentido: ele consegue congregar aquela gente toda em Turim porque tem um grau de paixão por sua causa, pelo movimento Slow Food, por aquilo tudo, que acaba contaminando quem está ao redor. Vejam um trecho da entrevista coletiva da qual participei, abaixo (em italiano e inglês).

 

 

E sabem do melhor? Ele está para chegar em São Paulo! Vai participar do evento de gastronomia Semana Mesa SP, semana que vem, e trará com ele sua amiga (e vice-presidente do Slow Food) Alice Waters, icônica chef.

Carlo Petrini e a chef Alice Waters: do Salone del Gusto vêm direto para São Paulo!

 E mais Salone del Gusto: fotos do evento neste link

Salone del Gusto: a matéria publicada no COMIDA

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Salone del Gusto, em Turim, na Itália: fotos

Por Alexandra Forbes
31/10/12 18:50

 

Como complemento da matéria publicada hoje no COMIDA, sobre o Salone del Gusto, em Turim, eis algumas fotos…. A primeira mostra três cozinheiras brasileiras que deram aula juntas, sobre frutas: Neide Rigo, Ana Soares e a sábia Mara Salles, do restaurante Tordesilhas. Neide ainda deu uma segunda aula, sobre mandioca, explicando como tirar a goma do tubérculo, como se faz o tucupi, etc. Serviu lindas tapioquinhas com côco, enroladas, e beijus.

Essas aulas aconteceram em um dos montes de pavilhões do evento, que era gigantesco. Eis outra aula:

No pavilhão dedicado às regiões da Itália, chamava atenção o super estande de prosciutto de San Daniele:

Milhares e milhares de pessoas passeando e comprando…. Resultado? Fila no caixa automático, claro:

E no banheiro também:

Itália não é Estados Unidos: conviviam pacificamente bebês, crianças e gente fumando e bebendo vinho, bem à vontade…

Por falar em crianças, nunca vi um evento gastronômico com tantos espaços dedicados a elas. Tinha aula de cozinha, aula de reciclagem, etc etc etc.

No pavilhão dos expositores internacionais tinha gente vestida de mil e uma maneiras, parecia festa à fantasia! Cem países representados, não é brincadeira…. Grande contraste de culturas, um sarro!

 

 

 

No Terra Madre, parte do Salone del Gusto, expositores do mundo todo

 

Um evento super preocupado com a sustentabilidade e a reciclagem…

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