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Alexandra Forbes

A gourmet itinerante

Perfil Alexandra Forbes divide seu tempo entre Montreal, São Paulo e restaurantes pelo mundo afora.

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Você e eu, eu e você...

Por Folha
12/12/12 03:00

O chef David Toutain, do minúsculo Agapé Substance, em Paris (à esquerda) conversa com um cliente

“Tudo aqui é muito simples, porque trabalho sozinho. (…) Não é exatamente um restaurante. As pessoas vêm porque querem comer na casa do Aki”, disse o chef Akihiro Horikoshi em entrevista ao “New York Times”. Seu apelido dá nome ao microrrestaurante La Table d’Aki, de 14 lugares, onde o próprio cozinha, assobia e chupa cana. Só recentemente ele arrumou um garçom.

O La Table d’Aki é um de vários espaços minúsculos servindo comida ambiciosa em Paris. O Agapé Substance tem uma só mesa (comunitária) e um banheiro, encravado entre salão e cozinha, tão apertado quanto aqueles de avião. No Chatomat, mesas coladas umas às outras, uma pequena estante fazendo as vezes de bar, cheguei a me sentir como uma intrusa na sala privada dos dois chefs-proprietários (que cozinhavam a três metros de mim).

Dá para dizer que Paris virou a capital da cozinha intimista, onde a proximidade física entre chef e cliente reflete-se à mesa. Nos três casos, embora sigam linhas muito diferentes, os pratos têm sabor autoral. Cada garfada é um bloco de um castelo que conta uma história, como autorretratos comestíveis. A herança japonesa e os 20 anos de labuta no mítico L’Ambroisie, também em Paris, dão o tom dos menus de Horikoshi, enquanto o virtuosismo tecnoemocional e poético de David Toutain, chef do Agapé, soletra o nome do restaurante basco que mais o influenciou: Mugaritz.

Mais do que um risoto no ponto, buscamos, nos grandes restaurantes, ver e conhecer melhor um chef. Se ele (ou ela) não está, muda tudo.

Prato da nova “coleção” do minirestaurante O Leão Vermelho, em São João da Boa Vista: cozinha autoral ao extremo

 

Restaurantes-miniatura oferecem algo mais valioso do que um menu bem-feito: a experiência de ser alimentado diretamente e intimamente por um cozinheiro interessante. Não são exclusividade parisiense. Vejo-os pipocando tanto em Nova York (Blanca, no Brooklyn) como em São João da Boa Vista, SP (onde Gabriel Vidolin, ex-estagiário do El Bulli, cozinha para quatro pessoas por noite em seu O Leão Vermelho). O fato de servirem poucos só aumenta o charme: nada como uma reserva difícil de conseguir para atiçar a curiosidade de um gourmet…

 

E neste link, mais sobre o Blanca, em Nova York

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Restaurantes em Nova York: minha lista do tem-que-ver

Por Alexandra Forbes
10/12/12 17:22

Leitores vivem me pedindo dicas de onde comer, esquecendo-se de que, às vezes, quem precisa de dicas sou eu! Faz um tempo que não vou a Nova York, e parece uma eternidade. Resultado: venho acompanhando as novidades à distância mas me sinto um pouco por fora do que há de novo. Finalmente, marquei uma ida para lá, em janeiro. E, claro, já estou a mil com os planos. Onde comer? Onde comer?

Meu trabalho me impede de voltar aos meus favoritos – Bernardin, Momofuku Säam Bar, Sushi Yasuda, etc – com a frequência que gostaria. Afinal, o crítico de gastronomia nada mais é do que uma cobaia. Estamos aí para testar as novidades, e recomendá-las (ou não).

Tendo isso em mente, eis a seguir a minha lista de “prioridades”: restaurantes que quero muito conhecer ou revisitar. Se alguém quiser sugerir algo mais, por favor, a caixa de comentários está aqui para isso! 🙂

1- BLANCA

Uni no restaurante Blanca, no Brooklyn  Foto: Spanish Hipster

Os peregrinos gourmets que vivem atrás do último menu degustação memorável andam frequentando o novo Blanca, um galpão anexo do hypadíssimo Roberta’s, no Brooklyn, onde só jantam 12 pessoas por noite. Um menu, múltiplos pratinhos sofisticadíssimos, cozinha aberta, vitrola com LPs à escolha do freguês.

2- Rosemary’s
Ganhou há pouco o prêmio “Super Quente Agora” nos Eater Awards (aqui meu post a respeito). Mas o que me deixou com muita vontade de ir lá foi a crítica super elogiosa publicada na revista New Yorker. Salão lindo, comida ótima, clima animado, diz o texto. A ver…
18 Greenwich Ave. tel. (+1 212) 647-1818

3- Eleven Madison Park
Este já conheço, mas mudou muito desde minha última visita. Eu diria que tornou-se o mais falado e admirado restaurante de alta gastronomia de Nova York – mais do que Daniel, Bernardin, Jean-Georges, etc. O chef Daniel Humm está em sua melhor fase – eu expliquei porque, em detalhes, nesta minha coluna publicada no COMIDA uns meses atrás.

3-B   NoMAD, o restaurante no hotel homônimo, do mesmo Daniel Humm, que, dizem, serve o melhor frango assado da cidade. Leiam mais neste post.

4- Mission Chinese Food
Típico American dream realizado. Garotos de descendência chinesa lançam um food truck em Los Angeles de comida americano-asiática. Explodem em cena. Abrem um restaurante. Expandem para Nova York. Comecei a prestar mais atenção neles depois de assistir uma excelente palestra que deram no evento MAD, organizado pelo chef René Redzepi em Copenhague. O vídeo da palestra está online na íntegra, aliás, neste link.

 

Torrisi Italian Specialties Foto: divulgação

 

5- Torrisi Italian Specialties
Este aqui é o queridinho de foodies e chefs jovens. Dizem que seu menu degustação, mesmo custando só $75 dólares, é o melhor da cidade. Time jovem, ideias frescas. A crítica na revista New York – que diz, entre outras coisas, que o menu prix fix é “uma tremenda barganha e incrivelmente delicioso” explica muito bem o conceito (falso italiano, e um tanto ambicioso gastronomicamente). Mais recentemente, abriram uma sanduicheria ao lado, chamada Parm, igualmente hypada.

M. Wells Dinette no museu MOMA PS1 Foto: divulgação

 

 

6- M.Wells Dinette no museu MOMA PS1
Ele, chef de Montreal, “exilado” em Nova York. Ela, americana, ajuda no salão. A história do casal por trás do fenômeno M.Wells é ó-ti-ma – recomendo a leitura deste meu post, que conta tudo. Pois agora eles se mudaram para o novo MOMA PS1. Pra variar, têm feito o maior sucesso – vide a crítica recém-publicada no The New York Times. Este, é pra ir no almoço.

 7- Isa
Fica no Brooklyn, e é o restaurante queridinho de chefs jovens e jornalistas gastronômicos internacionais. Tenho curiosidade de descobrir o porquê…

E mais Nova York:

Os 10 Melhores Restaurantes de Nova York (para quem gosta de novidade)

 

 

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Réveillon em Trancoso: as festas 2012-2013

Por Alexandra Forbes
07/12/12 17:40

Trancoso: meu lugar favorito para passar o réveillon

Todo ano eu procuro passar Natal e réveillon em Trancoso. Estar em São Paulo nessa época me deprime…

Já em Trancoso, nunca tem tempo feio. 😉

Restaurantes, não recomendo, porque não costumo achar nada muito bom além da pizzaria Maritaca, sempre excelente. O Francis Mallmann, famoso chef argentino, vai abrir restaurante pop-up como no ano passado, só que em novo endereço, e quando eu for lá averiguar, conto para vocês.

festa de réveillon em Trancoso, produzida pelo dj Duty

Praticamente todas as pousadas já estão lotadas, então não vou perder tempo dando dicas de hospedagem, mas… a quem interessar possa, algumas festas que já estou colocando na minha agenda, e que prometem:

29 de dezembro
Um dia de festa na belíssima Fazenda Calá, organizada por um time de produtores que adotaram o nome Réveillon Divino (Du Serena, Duty, Helena Rosén, André Guazelli e Lara Araújo). É bom comprar o convite antes, pela página deles no Facebook.

30 de dezembro
Saravá. Festa que acontece todo ano e é sempre ultra animada. Desta vez, vai acontecer perto da pousada Estrela d’Água, em lugar ainda secreto. Convites à venda no Cantinho Doce (restaurante bem na entrada do Quadrado, à esquerda).

31 de dezembro
Festão de réveillon organizado pela mesma turma, na areia, e bem pertinho do Quadrado. (Detesto ter que pegar meia hora de taxi para chegar em alguma rave enlouquecida, tipo a famosa Festa do Taípe… se for, só no final, com o dia raiando…). É bom comprar o convite antes, pela página deles no Facebook.

festa de réveillon no Taípe

E, aos mais festeiros, recomendo também visitar de vez em quando o site da única “boate” de Trancoso, chamada Para Raio. A programação deste verão ainda não foi postada mas sempre tem umas noites bem divertidas…

Fim de festa no Taípe, em janeiro deste ano…. até o sol raiar

 

E como isto aqui é um blog de gastronomia, um adendo sobre o Maritaca, que considero mais do que uma pizzaria. Trata-se do mais estável e confiável restaurante de Trancoso. Há pratos que quase nunca achamos na Bahia, como spaghetti com bottarga, e uma ma-ra-vi-lho-sa pizza de carpaccio (a massa, um finíssimo biscoito, é assada sem nada, depois colocam a carne fria por cima, temperam e coroam com raspas de parmesão). Outro prato que amo? O paillard de filé mignon com spaghetti bem al dente que costumo pedir para minha filha! Isso sem falar no soufflé de goiabada, o mais gostoso que já comi. Produtos de primeira, importados direto da Itália pelo Taliberti, o carismático patrone.

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Os melhores restaurantes japoneses de Londres

Por Alexandra Forbes
03/12/12 20:46

 

meu último sushizinho no Roka, na primavera passada….

Hoje o leitor Fernando Sequerra me mandou um email contando que vai a Londres com o filho e listando os (excelentes) restaurantes onde pretendem comer.

O filho adora sushi. O pai reservou o Sushisamba. Eu falei: “Nããão pelamordedeus!!”

😉

Fora o Roka, que eu adoro, não sei de outros bons, então pedi ajuda a quem entende, via Twitter.

Eis as respostas – serão úteis não só para o Fernando como para nós também, certo? Anotem…

Luciana Bianchi, jornalista especializada em gastronomia, brasileira que mora perto de Londres, diz, “my favs are Sushi Tetsu and UMU“ (@lucianabianchi)

O chef Isaac McHale, que vive em Londres e em cujo gosto confio cegamente, diz, “probs @tetsumuku Sushi Tetsu. Hard to get in though. Also i love Kiraku in Ealing” (@itsisaac)

 

 

 

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Chef Massimo Bottura descobre o louco Québec do chef Martin Picard

Por Alexandra Forbes
03/12/12 04:57

Chefs Martin Picard (à esq.) e Massimo Bottura, com uma rodela de tronco de árvore usada como prato na cabane Au Pied de Cochon

Viajo tanto que muita gente nem sabe mais onde eu moro.

Pois moro em Montreal, cidadezinha pequena comparada a São Paulo, mas grande em figuras importantes do mundo gastronômico, como o lendário Martin Picard, do restaurante Au Pied de Cochon, e Dave McMillan e Fred Morin do Joe Beef. Já falei dessas figuras algumas vezes aqui.

Já falei também, neste blog, do Massimo Bottura, carismático chef-proprietário da Osteria Francescana, em Modena, na Itália, restaurante cotado como número 5 no ranking Os Melhores 50 Restaurantes do Mundo.

E não é que nos últimos dias esses dois mundos deram trombada? Massimo Bottura veio parar aqui em Montreal e foi, lógico, conhecer a tão falada cabane do chef Picard. Nem vou re-explicar: os interessados podem ser mais nos links abaixo. Digo apenas que poder testemunhar a confluência de dois mundos tão distintos foi algo completamente surreal e inesquecível. Bottura chupando uma espécie de pirulito de maple syrup completamente maravilhado… não tem preço!

Começamos ao meio-dia o banquete. Lá pelas 5, Bottura resolveu fazer um risoto inspirado nos mil e um pratos servidos até então. E lá foi ele com seu braço-direito Takahiko Kondo (o Taka) para a cozinha.

Chef Massimo Bottura (de costas) em animado bate-papo gastronômico com os chefs Charles-Antoine Crête (de cachecol) e Martin Picard (de cinza), na “cabane à sucre” (restaurante pop-up do chef Picard)

Inventou um brodo (caldo) com galho de pinheiro, pele de porco e sei lá mais o quê, desfiou restos de carne de ombro de porco que havíamos comido, mexeu e remexeu até que… eureca! Surgiu, sobre uma grossa fatia de tronco de árvore, um risoto meio indecifrável, com molho feito de sobras de um mega Bordeaux que tinha sido aberto.

Québec e Emilia Romana (região italiana onde fica o restaurante de Bottura) casados em um risoto…. Surreal.

Ainda terminamos com fogos, entre os porcos do chiqueiro do chef Picard.

Sério.

Que o vídeo sirva de prova:

 

Mais sobre os chefs Massimo Bottura, Normand Laprise e Martin Picard:

  • Martin Picard: meu último banquete em sua cabana no meio do mato
  • Vídeo do chef Massimo Bottura me explicando como são feitos os melhores acetos balsâmicos do mundo
  • Normand Laprise, maior chef do Canadá, lança livro – com vídeo
  • Massimo Bottura no evento Mistura, em Lima, no COMIDA
  • Massimo Bottura no MAD Symposium em Copenhague, no COMIDA
  • Um jantar na Osteria Francescana, prato-a-prato
  • Vídeo: o dia em que os chefs David Chang (Momofuku Ko) e René Redzepi (NOMA) baixaram na Osteria Francescana de surpresa
  • O novo look da Osteria Francescana, em Modena
  • Francheschetta58, o segundo restaurante de Bottura em Modena, no COMIDA

 

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Vapor Burger e MEAT: duas hamburguerias abrem hoje em São Paulo

Por Alexandra Forbes
29/11/12 17:22

Hambúrguer da novíssima Vapor Burger, na Vila Madalena

Está cada vez mais quente a briga pelo posto de melhor hamburgueria de São Paulo. Hoje estão sendo inauguradas duas de peso.

A primeira é a MEAT, do ex-Butcher’s Market Paulo Yoller, que já descrevi em detalhes neste post.

A segunda é a Vapor Burger, com identidade visual super sacada assinada por dois dos sócios – publicitários – Igor Puga e Domenico Massareto.

Abre hoje na Vila Madalena com um conceito inédito.

Tudo é preparado no vapor, desde os búrgueres de entrecôte moída ao derretimento do queijo (um blend próprio que encomendam à Quatá). Pinçaram a ideia do Ted’s Burger, lanchonete no estado americano de Connecticut, e importaram o forno a vapor que usam lá.

Sabem que búrgueres sem chapa vão dar o que falar, mas querem mais é causar barulho mesmo…

Vapor Burger: R. Fradique Coutinho, 1.464, Vila Madalena, Tel.: 3811-9737

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Quem quer assistir a um filme de cinema em uma canoa?

Por Alexandra Forbes
29/11/12 16:58

Foto: divulgação

Minha irmã me repassou a notícia e achei a ideia genial.

Uma piscina em Paris vai virar cinema flutuante por uma noite, para o lançamento do filme  L’Odyssée de Pi, sobre um náufrago e seu bote salva-vidas.  Vai ser dia 9 de dezembro, caso alguém planeje estar em Paris… Aqui o link para participar do concurso que dá direito a ingressos.

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O corpo e o sangue do bicho

Por Folha
28/11/12 03:00

Chef Fergus Henderson, do St. John, em Londres, pai da cozinha nose-to-tail. Fotos em que ele aparece de roxo por Bob Noto. Vê-se também imagens do hotel homônimo que ele tem, também em Londres

Em São Paulo, aventureiro à mesa é quem pede mollejas na churrascaria e fígado de peixe-sapo em restaurantes como o Epice (quando há), mais conhecido como “foie gras do mar”. Na América do Norte e na Europa, gourmets  enfrentam alegremente coisas mais “estranhas”.

Faz anos que surgiu a moda da gastronomia “nose-to-tail”, ou da fuça ao rabo, em que chefs usam o bicho inteiro ao invés de se aterem às partes nobres. Precursor, o inglês Fergus Henderson serve miúdos e carnes atípicas (esquilo, por exemplo) em seu restaurante St. John, em Londres.

Cultuado por chefs, Henderson fez fama e ganhou prêmios com pratos como medula com torradas, terrine de pescoço de pato, torta de sangue e tripas au gratin.

Chef Martin Picard montando sua porca preferida

Dos muitos que seguem sua filosofia, o mais famoso, Martin Picard, vive em Montreal. Seu Au Pied de Cochon serve comida carnívora ao extremo —de orelhas de porco fritas a linguiça de veado. Em seu último livro, ele dá receita de sushi de esquilo, com uma foto de arrepiar.

Os adeptos do culto ao “nose-to-tail” vêm radicalizando. Vejo surgirem pratos que devem assustar até os mais ousados glutões. O Mugaritz, na Espanha, assa macarrons de sangue de porco.

O bistronomique Septime, em Paris, chocou muitos ao incluir coração de cavalo no menu. No novo Maison Publique, em Montreal, dos chefs Derek Damman e Jamie Oliver, servem língua de bisão e salada de orelha de porco.

Por que tantas estranhezas? Em certos casos, para causar sensação. Restaurantes altamente cotados, de chefs famosos, estão sempre atrás de jeitos de se diferenciarem do resto.

No premiado Faviken, na Suécia, servem carne de vacas leiteiras velhas, longamente maturada. Mas o que move esse novo “carnivorismo” radical é também a crescente preocupação dos chefs com a preservação do ambiente.

Usando bichos e órgãos considerados descarte ou pouco valorizados, reduzem a quantidade monumental de comida que se desperdiça dia a dia. E ensinam uma lição àqueles para quem carne é aquilo rosa ou vermelho que vem em bandejinha de isopor.

Adendo: eis um trecho do novo livro do Faviken em que o chef-proprietário, Magnus Nilsson, fala de vida e morte, de como mata os bichos que serve a seus clientes:

Mais sobre esses temas:

O novo livro sobre o Faviken lançado pela Phaidon

Algo de Podre no Reino da Cozinha, no caderno COMIDA

Quem é Magnus Nilsson? Caçando patos na Lapônia com o chef e Alex Atala

Lindo vídeo sobre o restaurante Faviken, na Suécia

Martin Picard: meu último banquete em sua cabana no meio do mato

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Chef Alex Atala abre bar com Facundo Guerra

Por Alexandra Forbes
26/11/12 16:56

E eu, que pensava que era bem informada….. tsc, tsc. Levei um susto ao ler a notícia acima, publicada na revista São Paulo.

E eu, que pensava que o Alex Atala já estava tocando coisas demais ao mesmo tempo para achar tempo para mais essa.

O Facundo, para quem não sabe, é um personagem do mais apurado gosto, que tem uma sensibilidade incomum para criar lugares fora do óbvio. Da mão dele não sai nada que não seja ultracool. Vide seus outros bares, Volt e Z Carniceria.

Imediatamente, liguei para o Alex querendo saber mais detalhes. Diz ele que a ideia foi do Facundo “mas a achei bacaníssima e topei entrar na história”.

Perguntei se ele não vai se preocupar com o nível de exigência que terá muita gente ao pedir as comidinhas, só por causa da grife que virou o nome Alex Atala.

A resposta:

“Sempre vai ter gente que não gosta disso ou daquilo faça o que eu fizer. Vai ser simples, vamos resgatar o que Riviera servia, vamos fazer muita pesquisa histórica.”

Aguardemos as cenas dos próximos capítulos…

E aqui, fotos que eu fiz da Z Carniceria:


 

Z Carniceria
Rua Augusta, 934, tel. 55-11-2936-0934

Volt Rua Haddock Lobo, 40; tel. 55-11-2936-4041

E link para uma ótima matéria do The New York Times sobre o Baixo Augusta onde ficam os dois bares:

São Paulo’s Baixo Augusta district is booming, and the New York Times is on it, thanks to Seth Kugel

 

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Donos do Vaca Véia abrem La Maison Est Tombée, também no Itaim

Por Alexandra Forbes
25/11/12 00:09

Aviso aos navegantes: este post é sobre o novo bar-restaurante de um amigo meu de infância, o Ricardo Posses (portanto, não posso dizer que seja isento).

Ele e seus sócios acabam de abrir o La Maison Est Tombée. O nome, que quer dizer A Casa Caiu em português, é a cara do Ricardo, sempre bom de piadas… Como outro bar dele e dos amigos, o perenemente lotado Vaca Véia, este novo fica também no Itaim – mais especificamente, no espaço do extinto La Cocagne.

Pelo pouco que vi (fotos online) o boteco saiu super charmoso: adorei o deck de ladrilho hidráulico na frente, com cadeiras verde-piscina.

No menu, francesices abrasileiradas com bom humor. Ou, como dizem os donos, “les pestisques plus gostoses avec le Chopp très gelade”. 😉

La Maison Est Tombée: Rua Jerônimo da Veiga, 358, tel.: 3071-2926

 

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