Os 10 melhores pratos de São Paulo (nesta minha última estadia)
24/08/13 05:29
Passei há pouco uma longa temporada em São Paulo e, para variar um pouco, pulei de restaurante em restaurante. Desta vez, dei sorte: comi melhor do que o costume. Resolvi listar os dez pratos que ficaram gravados com mais força na memória…
1- Figos com mussarela de búfala artesanal, no Arturito
Já impliquei com esse restaurante no passado: achava muito caro e muito escuro. Voltei e tive grata surpresa. Está mais claro e os preços deram uma suavizada. Meu almoço lá foi absolutamente delicioso, em primeiro lugar pela companhia, em segundo pelos grandíssimos vinhos que abrimos e em terceiro porque a comida estava ótima. Especialmente essa entrada, tão simples e tão perfeita.
2- Arroz de lagostins, Maní
Difícil eu não gostar de um prato no Maní. Sou fã confessa. Costumo ir de menu degustação, mas, em um domingo com família, pedi à la carte. Não há muito mais o que dizer além de que esse arroz super meloso, como dizem os espanhois, já um clássico deles, deixa muito risoto por aí no chinelo.
3 – Língua com purê de batatas, Attimo
A língua apresentada assim, em cubos, fica com cara chique mas a combinação está mais para comidinha de criança, o sabor é caseiro e confortante. Carne molinha, molho pegajoso, rico em colágeno, purê impecável. Perfeito para dias frios como aquele em que eu estive lá e raspei o prato.
4- Raviolini de lagostins e camarões
Voltei ao Attimo dias depois a convite da LVMH, para um evento de vinhos. Nesse dia nos serviram um prato que, embora já seja um clássico do chef Jefferson Rueda, eu ainda não conhecia. Essa massa, deliberadamente plena de molho de bisque, é potente e delicada ao mesmo tempo. Comi suspirando.
5- Prato de queijos, Attimo
Sim, é muito Attimo, eu sei. Mas para esta fã de queijos (uma das minhas obssessões, há anos), foi ótimo descobrir que o restaurante serve queijos mais-que-decentes, todos brasileiros. Belíssimo fecho para um jantar, especialmente se houver um vinho à altura acompanhando.
6- Sushi de uni, Jun Sakamoto
Dizer que o Jun faz sushis super bem é chover no molhado. Mas, não sei porque, tenho achado que os niguiris dele andam ainda mais perfeitos. Sou chata com uni (ouriço): só gosto quando o “gomo” está intacto, inteiro. Difícil de achar, mas quando acho um uni fantástico, servido sobre arroz perfeito, é dos deuses: a match made in heaven.
7- Sashimi de serra, Kan
O Kan é minha nova descoberta em São Paulo: um japonês de primeiríssima. Esse sashimi, em especial, é de estourar a boca do balão. Melhor serra que comi na vida. Ele tem toda uma técnica para chamuscar a pele sem deixá-la com gosto de maçarico, como tantos fazem. Sim, é só peixe cru. Mas quanta diferença faz quando se sabe escolher o peixe e cortá-lo com maestria…
8- Soufflé de queijo do Fasano
Depois de muito tempo sem ir ao Fasano, me re-encantei. Tinha me esquecido de quanto gostava de estar naquele salão deslumbrante, paparicada pela brigada nota mil. Das coisas que provei ultimamente, preferi esse singelo soufflé de três queijos: taleggio, parmesão e gorgonzola. A entradinha acaba em três ou quatro garfadas, mas se tivesse o triplo do tamanho eu comeria com igual gosto.
9- Dadinhos de tapioca com porco, Esquina Mocotó
Tirar uma tarde para ir até a Esquina Mocotó é um luxo. Dei-me esse luxo por convite do meu pai e passamos muitíssimo bem. Fazia frio, comecei com um caldo de mocotó “roubado” do vizinho, o Mocotó. E não resisti: comi vários desses dadinhos “turbinados”, versão piggy dos famosos dadinhos do Mocotó.
10- Mandioquinha com tutano, Epice
Mal cheguei em São Paulo e fui jantar no Epice com amigos. A Chris, ali pela primeira vez, ficou passada: estava muito, muito bom tudo, do primeiro ao último prato do menu degustação. Voltei duas semanas depois para almoçar e foi outro gol. Poderia listar várias coisas memoráveis mas o gostinho que mais me deixa saudades é o deste prato, que casa dois de meus ingredientes favoritos: tutano e mandioquinha.