Impressões do Rio: Roberta Sudbrack, Olympe, Aconchego Carioca, etc
12/07/13 20:09Só agora, 48 horas depois de voltar do Rio, sinto a cabeça voltando ao normal e o corpo descansado. Dias mais-do-que-intensos participando de um evento bacaníssimo e inédito na… favela! Isso mesmo: todos os chefs mais famosos do Rio e mais alguns de fama internacional foram dar aula no Complexo do Alemão no fim de semana passado. Iniciativa da revista Prazeres da Mesa e da ong Gastromotiva. Para ver fotos no Instagram, basta fazer uma busca pelo hashtag #mesaaovivoRio
Entre uma ida ao Alemão e outra, arranjei tempo para comer fora, claro. Aliás, logo na chegada fui ao Olympe às pressas encontrar um dos chefs convidados, o James Knappett (na foto acima) do ótimo Kitchen Table, em Londres (leia mais aqui).
Nosso tempo era curto e ele nunca tinha ido ao Rio então pedimos velhos clássicos do restaurante de Claude e Thomas Troisgros.
Pratos com cara vintage, porções grandes. Uma verdadeira delícia, mas delícia daquelas que estraga qualquer vontade de pegar leve no almoço, sabem? Já comecei a estadia no Rio enfiando o pé na jaca.
Jantei na Roberta Sudbrack. Não entendo porque tanta gente me pergunta, ressabiada: “Mas e aí, você gostou?” Não gostei, apenas. Adorei. E não é porque gosto da chef como pessoa que digo isso, não.
Eram combinações ousadas, ingredientes atípicos (fruta-pão, pó de banana, etc) e pequenos pratos absolutamente delicados e primorosos.
Como estava ciceroneando dois chefs estrangeiros, atendendo a pedidos, fui ao Porcão de Ipanema (sim, sim, sei que o Fogo de Chão é melhor e menos feio, mas com o trânsito do jeito que anda no Rio fiquei com preguiça de ir até lá).
Bela porcaria esse Porcão, que até sushi de morango serve. Arroz mal-feito, fritas mal-feitas, farofa mal-feita. E tudo meio frio. Caipirinha medíocre. Mas…. os chefs amaram, especialmente o inglês, que ficou chocado com o ir e vir dos garçons, com as facas afiadas e com a fartura de carnes.
Como consolo, do dia seguinte levei-os a almoçar no Aconchego Carioca, que é tudo aquilo que todo mundo já disse. Super gostoso em todos os sentidos. Amei especialmente a moqueca de banana da terra e pupunha, melhor do que muita moqueca feita de ingredientes caros, como camarão ou badejo.
No Astor não pude ir porque tinha sempre fila na porta. Bom para os donos, ruim para os chefs que ficaram sem provar todas aquelas deliciazinhas que eles servem.
No domingo à noite, como boa paulistana, fui comer pizza na Bráz do Jardim Botânico. Lotadaça. Minhanossasenhora que delícia, que noite, quantas risadas, quanta comida boa. E a pizzaria é parecidíssima com a Bráz que eu frequentava anos atrás, em Pinheiros. Ê, nostalgia!
O chef Knappett ficou besta com o garotinho, que mostrei a ele sendo tirado. De uma torneira sai o líquido, de outra, o creme. E o copo, sempre geladíssimo. Das melhores coisas da vida. Disse a ele: “tá vendo porque não dá pra tomar chopp em Londres depois de provar este aqui?” Sabem que ele concordou que o da Bráz dá de dez? 😉
Hospedei-me no Sofitel de Copacabana pela primeira vez e adorei. Devo dizer que fui como convidada, e me puseram em uma mega suíte de frente para o mar que eu jamais poderia bancar, com um belo hall de entrada revestido de madeira escura e chuveiro gigante com vista para o Forte de Copacabana. Mas a L. ficou em um quarto standard que eu achei super correto, e o fato é que o hotel é ótimo.
Serviço nota um milhão, café da manhã com vista para o mar e acesso direto do lobby para um shoppingzinho deliciosamente esquisito, cheio de galerias de arte e joalherias. Bom para dias de chuva.
Com minha mania de ver peixe fresco, adorei descobrir que logo do outro lado da rua chegam pescadores todas as manhãs. Tirei fotos, conversei e…. comprei dois polvos de um senhor que chegou do mar com seu arpão e um belo carregamento deles. O que fiz com eles? Ah, essa história vou deixar para o próximo post….