Quem tem os melhores cachorros-quentes, Nova York ou Estocolmo?
30/01/13 01:12Estou desde ontem em Estocolmo.
E, como sempre me acontece quando viajo, estou um pouco atordoada com a quantidade de coisas novas, caras novas, arquitetura nova. Isto aqui, embora lembre um pouco outras cidades nórdicas que conheço – Copenhague e Helsinki – é um planeta muito, muuuuuito diferente do paulistano.
No avião, vim lendo um livro novo publicado pela Editora Phaidon chamado Where Chefs Eat, que é um guia que entrega exatamente o que diz seu título: a lista de restaurantes ao redor do mundo onde chefs gostam de comer. Por motivo óbvio, foquei nas páginas de Estocolmo.
E foi ali que aprendi que, segundo afirma o chef Magnus Nilsson (estrela em ascensão na cena gastronômica mundial), Estocolmo tem cachorros-quentes melhores do que os de Nova York. Nilsson deu o endereço da sua barraca favorita. E foi lá que resolvi jantar.
Depois de andar vinte minutos no frio, pisando em poças d’água e neve semi-derretida, cheguei faminta. O livro promete muito: “Alguns suecos diriam que a melhor barraca de hot dog fica em Estocolmo. Conhecida pelos locais como Bruno’s, (…) fica perto do famoso mercado de comidas finas Saluhall.”
Melhor do mundo? Acho que não. Mas era bom demais. Salsicha grelhada na hora. Pão com crosta bem crocante – nada daquele fofinho branquinho de porta de estádio.
Ao invés de ketchup, molho de tomate picante feito pelo dono, o tal Bruno. Sauerkraut. Mostarda da boa. Salsichas variam: há desde merguez a chorizo. Pedi, claro, a mais tradiça, sueca. E uma outra mais picante para comparar. Montam o sanduíche como se o pão fosse um bolso: tiram o miolo e vão enfiando tudo dentro. O ruim foi ter que comer de pé, na noite gelada. Atravessei a rua, sentei-me num boteco, pedi uma bela cerveja e ali comi. Feliz.
Östermalms Korvspecialist: Rua Nybrogatan, 57