Um drinque no badaladíssimo bar do hotel NoMad em Nova York
12/01/13 15:21Estou há três dias em Nova York, testando novos restaurantes. Uma deliciosa maratona.
Ontem fui até o Queens experimentar o M.Wells Dinette, nova encarnação do mais-que-badalado-e-elogiado M.Wells, que funcionava em um trailer adaptado. Mas depois conto do almoço. O fato é que saí de lá achando que não conseguiria comer nada pelos próximos dois dias, de tão (gostosamente) pesada que era a comida.
Cheguei ao hotel lá pelas 4, me joguei na cama fofíssima, dei uma trabalhada e pimba! Já era hora de pegar o elevador para jantar aqui mesmo no NoMad (mesmo nome do bairro, abreviação de North of Madison Park), cujo restaurante tem fama de ser não só o lugar do momento mas também muito bom (é tão rara a combinação de badalação e boa comida….). É comandado por Will Guedara, que cuida do salão, e pelo chef Daniel Humm, que tornou-se de três anos para cá a grande estrela da cena gastronômica novaiorquina (leia aqui porque).
Como é que eu iria conseguir jantar?! Nada como um bom drinque para abrir o apetite, pensei. E cruzei o (lindo) salão do restaurante até o bar no fundo. Mega barulho. Umas quarenta pessoas alegremente bebendo, de pé. Claramente felizes de estarem no lugar da moda. Mas não ia dar para encarar aquilo.
Encontrei um salãozinho bem mais íntimo ao lado, que chamam de Library Bar, e pedi para me sentar (sim, porque uma hostess fica guardando a porta, de prancheta em mãos).
Mesas baixinhas, paredes forradas de estantes de livros, um clima muito muito sexy. Logo surgiu o barman, Leo Robitschek, que não poderia ser mais simpático (que, vim a saber depois, é o bar manager, e adora o Brasil).
Leo descobriu que sou fã de mezcal (um primo menos conhecido da tequila, feito na região de Oaxaca, meu destilado favorito).
E preparou para mim um drinque de nome fatal: black dahlia. Mezcal, jerez de moscatel, Grand Marnier e larga fita de casca de limão siciliano. Grande complexidade a cada gole. Tão bom que bebi ele todinho em dez minutos e levantei-me já meio alegre para seguir até a sala de jantar.
E que sala de jantar! Veludos, vermelhos, folhagens enquadradas, garçons vestindo coletes de algum alfaiate chique, poltronas com franjas, um luxo nada afetado, muito acolhedor.
E o jantar? Ahhh…. sonho com ele até agora mas isso já é tema para outro post. Nova York me espera!
NoMad: 1170 Broadway, tel. +1 212 796-1500
E mais sobre Daniel Humm e o restaurante do NoMad:
A cotação máxima de três estrelas no Guia Michelin é o olimpo que todo chef sonha em atingir. Em 2012 Daniel Humm tornou-se um dos sete que detêm a distinção em Nova York, com seu restaurante Eleven Madison Park (um dos mais belos da cidade), que fica pertinho do NoMad.
No NoMAD é possível ter um gostinho da cozinha de Humm em clima informal. Enquanto no Eleven Madison só há menus-degustação, no NoMad pode-se pedir à la carte. O carro-chefe: frango assado com trufas negras e foie gras e crosta de brioche, para dois.
E mais sobre o chef Daniel Humm:
Coluna no COMIDA, da Folha: “Daniel Humm reina em Nova York”
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O que David Chang, Alice Waters e Daniel Humm acharam dos restaurantes paulistanos
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