O novo "look" da Osteria Francescana, cotada 5o melhor restaurante do mundo no ranking 50 Best
28/09/12 13:43Estar no topo nunca é fácil – e para conseguir a permanência no topo, nada melhor do que mudar e evoluir constantemente.
Estou falando da Osteria Francescana, que dizem ser o quinto melhor restaurante do mundo (se é mesmo não sei dizer, já que ainda não comi lá, mas quem afirma é o ranking Os 50 Melhores Restaurantes do Mundo).
Em novembro passado veio outro prêmio super importante: a terceira estrela Michelin. O chef-proprietário, Massimo Bottura, vive irrequieto, não faz o tipo “agora que consegui o que queria vou exibir meus louros e só”. Como ele mesmo diz,
“No meu futuro há sempre mais futuro”
E…
“Interpretamos a nossa terceira estrela Michelin
como um ponto de partida, não de chegada. “
– Massimo Bottura
Resultado? Mal recebidas as 3 estrelas, Bottura resolveu transformar a aparência do restaurante: fechou em agosto e reabriu dia 5 de setembro com um novo “look” que, mais do que nunca, deixa explícito seu respeito e fascínio pela arte contemporânea.
E dá-lhe arte! Estão expostas na Osteria, entre outras, obras de Francesco Vezzoli, Carlo Benvenuto, Mario Sciffano. A impressionante coleção irá crescer: Bottura pretende levar para o restaurante obras de sua coleção particular, como a peça “Turistas”, de Maurizio Cattelan, que foi destaque duas vezes na Bienal de Veneza, e “Papel e Tinta”, uma instalação de Ceal Floyer. E mais: uma “meia-tela” de Jonathan Borofsky “saco de lixo” e uma obra irreverente de Gavin Turk.Tem mais: a Osteria mistura fotos aérea de Roma da fotógrafa Grazia Toderi, em tons de sépia, com paisagens islandesas do famoso Olafur Eliasson. Para completar, trabalhos de Peter Halley, Matthew Barney, Boetti Alighiero, Crewdson Gregory e Luca Pancrazzi.
“Dois passos para trás, um passo em frente.
Invista em compreender a sua própria história
inclusive a gastronômica, antes de procurar o novo. “
Massimo Bottura
A cozinha ultramoderna é nova. A entrada caixa-de-joias, idem – e decorada com móveis Bottega Veneta e luminária brincalhona de Ingo Maurer (“Campari”). Teve até “lighting designer” envolvido na coisa, imaginem vocês.
Tenho jantar marcado dia 24 de outubro. Será o primeiro.
Acho que vou chegar uma hora antes só pra admirar o “visú”. Senão, pra que tanto capricho? Se o cliente entra, senta, come, paga e vai dormir, qual é o propósito de tamanho cuidado estético, não?
Tema complexo que faz pensar…
E mais sobre Massimo Bottura e Osteria Francescana:
- Massimo Bottura no evento Mistura, em Lima, no COMIDA
- Massimo Bottura no MAD Symposium em Copenhague, no COMIDA
- Um jantar na Osteria Francescana, prato-a-prato
- Vídeo: o dia em que os chefs David Chang (Momofuku Ko) e René Redzepi (NOMA) baixaram na Osteria Francescana de surpresa