Alexandra ForbesRio de Janeiro – Alexandra Forbes http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br A gourmet itinerante Fri, 16 Jan 2015 19:19:21 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Boom hoteleiro leva boas mesas ao Rio http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/2013/11/27/boom-hoteleiro-leva-boas-mesas-ao-rio/ http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/2013/11/27/boom-hoteleiro-leva-boas-mesas-ao-rio/#respond Wed, 27 Nov 2013 05:00:01 +0000 http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/?p=1920 Continue lendo →]]>

Muitos dos melhores restaurantes do mundo ficam em hotéis de luxo —e não por acaso. Quanto mais fina a mesa, maiores os custos e menor a chance de dar lucro. Nos cinco-estrelas, os quartos subsidiam as caras extravagâncias requeridas pelos chefs, as delicadas louças e taças e o batalhão de garçons.

Por mais de década caiu de moda jantar em hotéis. Mas de três anos para cá notei um revival puxado pela retumbante abertura do excelente NoMad, no hotel homônimo, e pelo sucesso do também delicioso The Breslin, no hotel Ace, ambos em Nova York e tocados pelos estrelados Daniel Humm e April Bloomfield, respectivamente.

Em Paris, o chef Alain Ducasse reabriu seu três-estrelas “Michelin” em um suntuoso salão no Le Meurice. A rede Mandarin Oriental tem investido muito em chefs de renome: no hotel de Barcelona, quem comanda a cozinha é a grande Carme Ruscalleda, e no de Paris, Thierry Marx.

Mas é no Rio (onde Ducasse vai abrir um restaurante em sociedade com Alex Atala) onde mais vejo a hotelaria dando forte impulso à cena gastronômica. Até pouco atrás, um Saara onde boas mesas contavam-se nos dedos de uma mão, a cidade enriqueceu com a abertura do Al Mare, no hotel Fasano, do Térèse, no hotel Santa Teresa, e do subestimado Alloro, no Windsor Atlântica.

O boom hoteleiro pré-Copa trará mais. Está em construção a filial carioca do Emiliano de São Paulo, em Copacabana, que certamente contará com um restaurante de primeira classe. Em 2015, os donos do Santa Teresa abrirão o Baba Square, menos luxuoso, no mesmo bairro, enquanto o grupo Sofitel dará um precisado “up” no velho Caesar Park, relançando-o como So, um hotel de design. Ambos deverão ter restaurantes bacanas.

Há ainda o pan-asiático, com carta de chás e balcão de sushis, que será aberto em janeiro no Copacabana Palace pelo chef-celebridade sino-americano Ken Hom.

E que venham outros.

 

 

E como bem lembra meu amigo Gustavo, se há um hotel carioca que investe há muitos anos em gastronomia, esse hotel é o Sofitel, cujo Pré-Catalan está entre os mais refinados da cidade. Posso não ser apaixonada pelo estilo de cozinha, e acho que há falhas de execução, mas mesmo assim tiro meu chapeu. Aliás, hospedei-me lá em julho passado, jantei no Pré-Catalan e saí impressionadíssima com o nível do serviço, não só no restaurante como no hotel inteiro. Eis um cinco-estrelas verdadeiramente world-class, coisa (ainda) tão rara no Rio.

Mais sobre o Rio, inclusive os últimos restaurantes que visitei e minha estadia no Sofitel, neste link.

]]>
0
Impressões do Rio: Roberta Sudbrack, Olympe, Aconchego Carioca, etc http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/2013/07/12/impressoes-do-rio-roberta-sudbrack-olympe-aconchego-carioca-etc/ http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/2013/07/12/impressoes-do-rio-roberta-sudbrack-olympe-aconchego-carioca-etc/#respond Fri, 12 Jul 2013 23:09:40 +0000 http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/?p=1500 Continue lendo →]]>

Praia de Copacabana, em frente ao hotel Sofitel.

Só agora, 48 horas depois de voltar do Rio, sinto a cabeça voltando ao normal e o corpo descansado. Dias mais-do-que-intensos participando de um evento bacaníssimo e inédito na… favela! Isso mesmo: todos os chefs mais famosos do Rio e mais alguns de fama internacional foram dar aula no Complexo do Alemão no fim de semana passado. Iniciativa da revista Prazeres da Mesa e da ong Gastromotiva. Para ver fotos no Instagram, basta fazer uma busca pelo hashtag #mesaaovivoRio

 

Chefs James Knappett (Londres), Carlos Garcia (Caracas) e Thiago Castanho (Belém) indo embora do Complexo do Alemão de gôndola, pós Mesa ao Vivo Rio

Entre uma ida ao Alemão e outra, arranjei tempo para comer fora, claro. Aliás, logo na chegada fui ao Olympe às pressas encontrar um dos chefs convidados, o James Knappett (na foto acima) do ótimo Kitchen Table, em Londres (leia mais aqui).

Nosso tempo era curto e ele nunca tinha ido ao Rio então pedimos velhos clássicos do restaurante de Claude e Thomas Troisgros.

Pargo crocante (crocantíssimo, na verdade) do Olympe, servido com beringela confitada e molho de tomate

Pratos com cara vintage, porções grandes. Uma verdadeira delícia, mas delícia daquelas que estraga qualquer vontade de pegar leve no almoço, sabem? Já comecei a estadia no Rio enfiando o pé na jaca.

Jantei na Roberta Sudbrack. Não entendo porque tanta gente me pergunta, ressabiada: “Mas e aí, você gostou?” Não gostei, apenas. Adorei. E não é porque gosto da chef como pessoa que digo isso, não.

Ovo de gema mole cortado à mesa com tesoura sobre patinhas crocantes de camarão: prato do menu degustação de Roberta Sudbrack

Eram combinações ousadas, ingredientes atípicos (fruta-pão, pó de banana, etc) e pequenos pratos absolutamente delicados e primorosos.

Como estava ciceroneando dois chefs estrangeiros, atendendo a pedidos, fui ao Porcão de Ipanema (sim, sim, sei que o Fogo de Chão é melhor e menos feio, mas com o trânsito do jeito que anda no Rio fiquei com preguiça de ir até lá).

Bela porcaria esse Porcão, que até sushi de morango serve. Arroz mal-feito, fritas mal-feitas, farofa mal-feita. E tudo meio frio. Caipirinha medíocre. Mas…. os chefs amaram, especialmente o inglês, que ficou chocado com o ir e vir dos garçons, com as facas afiadas e com a fartura de carnes.

Como consolo, do dia seguinte levei-os a almoçar no Aconchego Carioca, que é tudo aquilo que todo mundo já disse. Super gostoso em todos os sentidos. Amei especialmente a moqueca de banana da terra e pupunha, melhor do que muita moqueca feita de ingredientes caros, como camarão ou badejo.

Moqueca de banana da terra e pupunha do Aconchego Carioca: delícia

No Astor não pude ir porque tinha sempre fila na porta. Bom para os donos, ruim para os chefs que ficaram sem provar todas aquelas deliciazinhas que eles servem.

No domingo à noite, como boa paulistana, fui comer pizza na Bráz do Jardim Botânico. Lotadaça. Minhanossasenhora que delícia, que noite, quantas risadas, quanta comida boa. E a pizzaria é parecidíssima com a Bráz que eu frequentava anos atrás, em Pinheiros. Ê, nostalgia!

O chef Knappett ficou besta com o garotinho, que mostrei a ele sendo tirado. De uma torneira sai o líquido, de outra, o creme. E o copo, sempre geladíssimo. Das melhores coisas da vida. Disse a ele: “tá vendo porque não dá pra tomar chopp em Londres depois de provar este aqui?” Sabem que ele concordou que o da Bráz dá de dez? 😉

Hospedei-me no Sofitel de Copacabana pela primeira vez e adorei. Devo dizer que fui como convidada, e me puseram em uma mega suíte de frente para o mar que eu jamais poderia bancar, com um belo hall de entrada revestido de madeira escura e chuveiro gigante com vista para o Forte de Copacabana. Mas a L. ficou em um quarto standard que eu achei super correto, e o fato é que o hotel é ótimo.

Café da manhã com vista, no Sofitel

Serviço nota um milhão, café da manhã com vista para o mar e acesso direto do lobby para um shoppingzinho deliciosamente esquisito, cheio de galerias de arte e joalherias. Bom para dias de chuva.

Com minha mania de ver peixe fresco, adorei descobrir que logo do outro lado da rua chegam pescadores todas as manhãs. Tirei fotos, conversei e…. comprei dois polvos de um senhor que chegou do mar com seu arpão e um belo carregamento deles. O que fiz com eles? Ah, essa história vou deixar para o próximo post….

 

 

]]>
0