Alexandra Forbes50 Best – Alexandra Forbes http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br A gourmet itinerante Fri, 16 Jan 2015 19:19:21 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Chef Heston Blumenthal do The Fat Duck abrirá restaurante em Heathrow http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/2013/11/12/chef-heston-blumenthal-do-the-fat-duck-abrira-restaurante-em-heathrow/ http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/2013/11/12/chef-heston-blumenthal-do-the-fat-duck-abrira-restaurante-em-heathrow/#respond Tue, 12 Nov 2013 17:22:24 +0000 http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/?p=1876 Continue lendo →]]>

Quando recebi o press release, hoje cedo, a primeira coisa que me veio à cabeça foi: “até tu, Brutus?”

Dizia assim:

Heston Blumenthal e Heathrow estão falicíssimos de anunciar que o chef multi-priemiado lançará um novo restaurante no Terminal 2 (The Queen’s Terminal) em junho de 2014.

Ainda mantido em sigilo, o novo restaurante (…) focará no amor de Heston pela nostalgia e celebrará seu orgulho de tudo o que é inglês, inclusive nossos muito amados pratos de família”.

(…) ‘É um projeto incrível’, explica Heston. ‘Há tantos elementos diferentes a se considerar quando as pessoas viajam. Queremos entregar uma vasta gama de pratos familiares e fáceis, de fish and chips a pizza”.

Ceus.

Não digo que não será ótimo: Heston não dá ponto sem nó. E o aeroporto de Heathrow está caprichando na construção desse novo Queen’s Terminal, mais detalhes aqui.

Mas digo que esse chef mudou muito, como pessoa, desde que ficou rico e famoso. Foi-se o desdém pelas coisas materiais. Foi-se a dedicação monástica ao pequenino Fat Duck.

Quem te viu, quem te vê, Heston…

Quem ouve contar a história da ascensão meteórica desse chef acha que é lorota. Difícil mesmo acreditar que um rapaz tímido do interior da Inglaterra possa ter se tornado chef auto-didata, aberto o pequenino restaurante The Fat Duck sem experiência prévia para então conquistar num intervalo de tempo recorde – seis anos – a cotação máxima de três estrelas no guia Michelin. Isso sem falar na infinidade de prêmios que ganhou, culminando em 2005 com o título de Restaurante número 1 do mundo, que lhe foi conferido pela revista inglesa Restaurant (naquele ano o El Bulli de Ferrán Adrià ficou em segundo lugar). Hoje, é das maiores celebridades da gastronomia mundial, graças em boa parte aos seus programas de tevê.

Destemido, quando não era ninguém Heston conquistou a crítica e o público servindo pratos até então inéditos, como uma bolota de espuma de limão e chá verde “cozida” à mesa num pote fumegante de nitrogênio líquido, e sorvete de torrada com sardinha.

Heston fez tudo ao contrário do que rezam os manuais. Ao invés de estudar gastronomia, sua paixão, foi ser vendedor de máquinas de Xerox. A única tentativa de trabalhar num restaurante foi um estágio de menos de um mês no excellente Manoir Aux Quat’ Saisons, em Oxfordshire (onde ficou muito amigo de Marco Pierre White, que trabalhava lá e veio a se tornar um dos maiores chefs da Inglaterra).

Heston tinha dezessete anos e assustou-se com a experiência. “Ainda lembro do choque que foi  para mim”, diz. “Aprendi que cada cozinheiro é uma peça numa grande linha de montagem e que ninguém prepara um prato do começo ao fim”.

Quando eu o conheci, em 2005, espantei-me com sua simpatia e modéstia. Jantei sozinha no The Fat Duck e depois ele me ofereceu carona de volta à minha modesta pousadinha. No caminho, fui fazendo perguntas, e continuei a entrevista na manhã seguinte, em seu laboratório.

Chef Heston Blumenthal me mostrando seu laboratório, em 2005

Ele tinha um único terno no armário, presente de uma revista masculina. Viajava pouco, trabalhava muito. E tinha uma energia incrível, que parecia grande demais para caber dentro dele e de sua rotina. Vontade de experimentar o novo, de quebrar regras na cozinha, de falar de comida e das reações desencadeadas por ela, sem parar, sem parar, sem parar.

Em suma, aquele Heston – e o Heston que fui conhecendo melhor ao longo dos anos – é tudo o que menos se encaixa na minha visão de um terminal de aeroporto.

Mas ele sabe o que faz. E como já cantava Liza Minelli em Cabaret, money makes the world turn around.

E mais Heston Blumenthal:

Heston Blumenthal e a rejeição ao avanço: coluna no COMIDA

Meu almoço no Dinner, o restaurante de Heston Blumenthal em Londres

 

Chef Heston Blumenthal hoje, em foto de divulgação do Channel 4: já com cara de celebridade televisiva

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Os 10 melhores restaurantes de 2013 http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/2013/10/22/os-10-melhores-restaurantes-de-2013/ http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/2013/10/22/os-10-melhores-restaurantes-de-2013/#respond Tue, 22 Oct 2013 17:59:17 +0000 http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/?p=1818 Continue lendo →]]>

Carne maturada sendo servida no Fäviken, no norte da Suécia

Ontem votei, através de um website fechado, para o famoso e controvertido ranking World’s 50 Best Restaurants. Sempre é um bom exercício, ir lembrando dos jantares e almoços dos últimos 18 meses e escolhendo os melhores.

Fiquei pensando naquilo horas, flashes de pratos passando na cabeça como se fossem um videoclip. E resolvi transformar o brainstorm em algo útil: um post listando as minhas 10 melhores experiências à mesa em 2013 (só para deixar mais-do-que-claro, não são necessariamente os restaurantes em que votei).

 

1-    Fäviken – Jarpen

Já escrevi isso neste blog e repeti incontáveis vezes a amigos: não há hoje no mundo restaurante que se iguale ao Fäviken, no norte da Suécia. É o pacote completo: pratos, sem exceção, deliciosos; estilo de cozinha único, nada déja vu; cenário bucólico saído de um conto infantil. A aventura de chegar até lá (trem noturno mais uma hora em carro alugado por estradinhas nevadas) já deixa as pessoas excitadas antes mesmo de sentarem-se à mesa. Passar a noite na fazenda onde fica o Fäviken, fazendo sauna antes do jantar, realça ainda mais a sensação de estar sendo transportado para outro mundo. Longíssimo? Sim. Viagem custosa? Sim. Mas quando eu tiver tempo e fundos suficientes, repetirei sem pensar duas vezes. É bom nesse nível.
Aqui, fotos e detalhes de meu jantar no Fäviken.

 

2-    El Celler de Can Roca, Girona

Todo paulistano sabe que Joan Roca esteve agora na cidade participando de almoços e jantares. Mas como sempre digo, comida feita fora de casa nunca é igual. Não experimentei o que foi servido em São Paulo, mas sei que não era nada do menu degustação atual do Celler de Can Roca. Menu que tive a sorte de experimentar em julho. Em certos momentos, os pratos chegam a comover, seja pela engenhosidade da ideia que está por trás, seja pela indescritível e minuciosa beleza. Décadas de trabalho lado a lado fez muito bem aos três irmãos Roca: sua perfeita harmonia resulta em um menu absolutamente perfeito.

 

Tartare de cenouras do Eleven Madison Park

 

3 Eleven Madison Park – Nova York

Impecável do amuse bouche às mignardises. Não conheço salão mais belo, nem brigada mais eficiente – movem-se como em um balé, quase. Um pé no classicismo, outro no teatral: pratos que homenageiam Nova York, cidade adotiva do chef suíço Daniel Humm vão de singelos biscoitos quadriculados branco-e-pretos a um dramático tartare de cenoura feito na frente do cliente.

Mais nesta coluna publicada no COMIDA: “Daniel Humm reina em Nova York”

 

4-    41 Grados – Barcelona

Outro que já elogiei inúmeras vezes, Albert Adrià continua deslumbrando com seus longuíssimos e louquíssimos menus-degustação que levam os clientes em uma viagem sensorial. Voltei lá em junho pela segunda vez e saí de lá certa de que tinha comido em um dos 3 melhores lugares do mundo – por sorte, pouca gente se dá conta disso e, com muito esmero, ainda é possível conseguir lugar no minúsculo restaurante.

 

5-    Osteria Francescana – Modena

Tem gente que diz que esse restaurante não é o mesmo quando Massimo Bottura não está. Meu último  jantar lá, estupendo, desmente essa teoria. Tem muita alma e muito coração nos pratos dele, que em conjunto soletram uma carta de amor à Itália. O avant-gardismo não atropela os sabores. E o sommelier (Beppe) é o mais provocador, divertido e excêntrico que já conheci.

 

6-    Pujol – Cidade do México

Não esperava tanto, confesso. Já no terceiro prato do menu degustação eu percebi que o chef Enrique Olvera chegou a um nível a que pouquíssimos chegam. Um México sofisticado, delicado, saborosíssimo. Desses que valem a viagem.

7-    Central – Lima

Este ano foi minha terceira visita. E esse “menino” Virgilio Martinez não pára de melhorar. Gosto de como joga bem com a acidez. Gosto de seu jeito de contar uma história sem cansar, e sem deixar a harmonia de sabores em segundo plano.
Mais sobre Martinez: “O Alex Atala do Peru?”

 

8-    Roberta Sudbrack – Rio de Janeiro

Não sei porque tantos conhecidos e leitores implicam quando digo que gosto muitíssimo da comida da Roberta. Está longe de ser unanimidade, entendo. E o espaço não tem o charme ou a beleza luxuosa de um Fasano ou D.O.M. Mas não minto quando digo que meu último jantar lá, em julho, estava nada menos do que espetacular. O ojo de bife com béarnaise até hoje não me sai da memória. E antes que algum leitor pergunte… “E o D.O.M.?!”, já vou dizendo: este ano ainda não fui ao D.O.M., e no Maní só comi um prato, um delicioso arroz de lagostins, então por isso os dois não poderiam constar nesta lista…

9-    Bror – Copenhague

A grande surpresa de minha ida recente a Copenhague. Lugarzinho meio feio, pouco confortável, carta de vinhos pesadamente “bio/natural”, o que acho frustrante, mas….. que pão! Que manteiga! Que peixes! Que lula! Eu, que esperava pouco, a cada prato que provava ficava mais espantada. Ainda mais porque o Bror é relativamente novo. Esse vai longe, tenho certeza.

 

10 – Gastrologik – Estocolmo

Melhor restaurante de Estocolmo, na minha opinião, mais afinado do que o concorrente famoso e premiado, Frantzén. Lindo salão branco e minimalista com cozinha aparente. Lindos sabores locais, elegantemente apresentados.

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Refletindo sobre o ranking dos 50 melhores restaurantes da América Latina http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/2013/09/10/refletindo-sobre-o-ranking-dos-50-melhores-restaurantes-da-america-latina/ http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/2013/09/10/refletindo-sobre-o-ranking-dos-50-melhores-restaurantes-da-america-latina/#respond Tue, 10 Sep 2013 17:37:55 +0000 http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/?p=1689 Continue lendo →]]>

A chef Helena Rizzo, do Maní, levando o trofeu de melhor chef da América Latina na noite de premiação do 50 Best em Lima. Foto: divulgação

“Mucha borbuja, no?”

 

Assim me respondeu Javier Wong, chef-proprietário do Chez Wong em Lima, quando perguntei o que ele tinha achado do resultado do ranking dos 50 Melhores Restaurantes da América Latina. Borbujas são bolhas: ele referia-se, claro, à onipresença da patrocinadora – a marca de água com gás San Pellegrino – na cerimônia de premiação, na última quarta-feira. E disse mais: “essa lavada que os argentinos deram foi um absurdo, não tem nada a ver e foi injusto com os brasileiros”.

 (Mais sobre Javier Wong e seu ceviche incrível neste link)

Wong não teme dizer em público o que muitos pensam reservadamente.

Para mim, o que mais me impressionou foi a reação indignada de muitos chefs. Por que a surpresa? Por que esperavam que o ranking parecesse justo? Afinal de contas, o ranking que deu origem a esse, o dos 50 melhores restaurantes do mundo, também tem coisas sem pé nem cabeça. Muitas.

 

Já escrevi várias vezes o que penso do 50 Best. Trata-se de uma lista como aquelas tabelas que saem em revistas de moda e lifestyle ditando o que está “quente” ou “frio” ou “subindo” e “descendo”. Indica quais restaurantes estão no radar dos jurados, que são chefs, jornalistas e restaurateurs em sua maioria. Se um lugar sai um pouco da moda, desce no ranking. E vice-versa. Simples assim. Não pode ser visto como um ditador de verdades absolutas, nem se pode imaginar que o número um seja melhor do que o número 2 ou 3.

 

O Brasil se deu mal. Perdeu, em número de restaurantes incluídos entre os 50, para o México e até – pasmem! – a Argentina. Mas isso não reflete falta de bons restaurantes. Reflete o pouco que o governo brasileiro investe em promoção da gastronomia. Novidade nenhuma, Alex Atala vem dizendo isso há anos. (Vejam a lista completa neste link).

 

Enquanto outros países pagam para levar montes de jornalistas estrangeiros a comerem em seus melhores restaurantes, nós ficamos vendo a banda passar. Menos jurados passeando e comendo pelo Brasil, menos votos.

 

Se a lista me surpreendeu? Nadinha…

 

E mais 50 Best:

Chef argentino Francis Mallmann pede aos organizadores para sair do júri do 50 Best

50 Best, estrelas Michelin e meu cafezinho com Alain Ducasse em Copenhague

Conheça os 6 restaurantes de São Paulo que estão entre os 50 melhores no ranking 50 Best América Latina

 

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Chef Francis Mallmann, da Argentina, sai do júri do 50 Best http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/2013/09/03/chef-francis-mallmann-da-argentina-sai-do-juri-do-50-best/ http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/2013/09/03/chef-francis-mallmann-da-argentina-sai-do-juri-do-50-best/#respond Tue, 03 Sep 2013 17:24:23 +0000 http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/?p=1672 Continue lendo →]]>

Chef Francis Mallmann cozinhando na Patagônia em cena de seu novo programa de televisão

 

O assunto da semana, pelo menos nos meios gastronômicos, é o novo prêmio “50 Melhores Restaurantes da América Latina”, filhote do mais-que-influente “The World’s 50 Best Restaurants”. A cerimônia de entrega dos prêmios acontecerá amanhã em Lima e a cidade está repleta de chefs estrelados.

 

Já escrevi aqui que o prêmio vem causando grande excitação entre os chefs brasileiros. Nove deles têm seus restaurantes entre os 50 melhores, mas ainda não se sabe em quais posições.

 

Amanhã o Folha Comida abordará o tema.

 

Por excitante que seja tudo isso, é importante mostrar o outro lado da moeda. Nem todos acham a lista justa. Nem todos acham a lista benéfica para os restaurantes que nela estão. Mas, quiçá por medo de represálias, poucos dizem o que pensam.

 

Jornalistas, por exemplo, temem serem excluídos do júri que elege os 50, ou da cerimônia de premiação e eventos paralelos.

 

Francis Mallmann, o mais reputado chef da Argentina, dono entre outros negócios do restaurante 1884 em Mendoza e outro, belíssimo, em Buenos Aires chamado Patagonia Sur, não é um homem de medir palavras. Generoso, gentil e otimista, só não sorri quando algo lhe incomoda.

 

E a lista dos 50 melhores o incomoda.

 

Ontem ele enviou uma carta à organização que merece ser lida com atenção, até para levantar uma discussão sobre o efeito que tem, em um chef, essa luta para escalar o ranking.

 

Divido aqui a carta, traduzida do inglês:

 

 

“Muito obrigada por me escolherem como um de seus jurados mas decidi não votar mais em seus prêmios. Sentia (que queria isso) nos últimos dois anos, e agora não posso mais continuar.

 

Vejam: eu cozinho há 40 anos. Como sabem, cozinha é um romance com ingredientes, espaço, serviço, timing e silêncio. Observo sentimentos contrários em tantos de meus colegas que estão tão preocupados com os prêmios que passam o ano fazendo lobby perante o eleitorado, pulando de conferência em conferência e, na minha opinião, desperdiçando tempo valioso e distanciando-se dos reais valores que fazem um restaurante.

 

Prêmios criaram um ambiente fictício e ultra competitivo para nossa cultura gastronômica. Inovação parece ser o principal valor. Embora não haja nada de errado com (a inovação), afastou-nos da valorização de um ofício em favor do que chamam de arte. Jovens chefs tentam atravessar pontes muito antes do que deveriam só para serem diferentes, famosos ou novos. Arte é um pensamento intelectual, e comida e vinho têm mais a ver com os sentidos e a partilha. Comida e vinho fazem-nos mais aguçados, espirituosos. Só aí podem estimular nossos pensamentos e melhorar nossa comunhão com colegas, amigos, amantes. Certamente a cozinha pode ser intelectual, mas deveria sê-lo de modo mais silencioso e –atrevo-me a dizer – humilde.

 

Certamente me senti muito honrado quando (meu restaurante 1884) foi o sétimo colocado na sua lista (The World’s 50 Best Restaurants), em seu primeiro ano de existência.  Mas é que minha vida na cozinha não tem mais elos com esse ranking.

 

Então desejo-lhes tudo de bom e agradeço-lhes por haverem me deixado servir nesses últimos anos em seu júri.

 

Partilhemos pão juntos.

 

Francis Mallmann”

 

E mais sobre o prêmio 50 Melhores Restaurantes da América Latina neste link.

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Atala, Redzepi, Acurio, Adrià e outros top chefs na "jam session" Gelinaz, dia 9 em Lima http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/2013/08/31/atala-redzepi-acurio-adria-e-outros-top-chefs-na-jam-session-gelinaz-dia-9-em-lima/ http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/2013/08/31/atala-redzepi-acurio-adria-e-outros-top-chefs-na-jam-session-gelinaz-dia-9-em-lima/#respond Sat, 31 Aug 2013 12:07:10 +0000 http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/?p=1664 Continue lendo →]]>

Vou dar um pulo em Lima semana que vem, para ir à cerimônia de premiação dos 50 melhores restaurantes da América Latina, organizada pela revista Restaurant (a mesma que faz a lista dos 50 melhores do mundo, saibam mais clicando aqui).

Andam falando muito – até demais, acho – dessa controvertida lista no Brasil. Chefs estão em polvorosa tentando adivinhar se vai dar D.O.M. ou Astrid y Gastón (o restaurante de Gastón Acurio em Lima) no primeiro posto.

Mas tem muitas OUTRAS coisas legais agendadas para a semana além desse prêmio. Primeiro, o gigantesco festival de comidas chamado Mistura, organizado pelo próprio Acurio, que atrai centenas de milhares de peruanos do país inteiro com suas barraquinhas de comida. Este ano, o festival mudou de lugar e foi montado à beira-mar.

Leiam mais sobre o Mistura aqui.

E além disso, dia 9 vai rolar um evento tão louco que nem sei bem como descrevê-lo, chamado Gelinaz (leiam mais clicando aqui).

Trata-se de uma espécie de rave gastronômica organizada pelo crítico gastronômico italiano Andrea Petrini em que mais de 15 chefs famosos vindos do mundo inteiro servirão suas interpretações de um tema específico. Na primeira edição, que aconteceu em junho em Ghent, na Bélgica, o tema foi uma antiga receita de timbale de galinha e legumes.

Eu estava lá e consegui comer inacreditáveis 23 criações (quando finalmente me levantei da mesa já passava das duas da manhã!!) . Saí de lá não querendo ver galinha nenhuma por cinco anos, mas diverti-me incrivelmente.

Teve de tudo, desde dois dançarinos fantasiados de frango de supermercado (quase sufocados por plástico) a mulheres de seio nu apresentando o famoso timbale aos convidados.

O timbale de galinha que serviu de tema para a primeira edição do Gelinaz, em Ghent, apresentado por moças muito à vontade…. Foto: divulgação

Desta vez, o tema será polvo. Tudo a ver com o Peru, país de mar tão rico, em que o prato nacional é o ceviche (na versão clássica, peixe cru ou frutos-do-mar com limão, cebola e pimenta). Quais chefs irão participar? A lista dificilmente poderia ser mais estrelada: Alex Atala, Albert Adrià, Gaston Acúrio, René Redzepi do NOMA, Magnus Nilsson (dono do meu restaurante favorito no mundo, o Faviken), Massimo Bottura (Osteria Francescana), Iñaki Aizpitarte (Le Chateaubriand), etc etc etc. Vejam a lista completa aqui.

Como o Gelinaz não é exatamente um jantar típico, nada funciona como se poderia esperar. Não há telefone para fazer reservas. As poucas cadeiras serão vendidas hoje, às 14hs horário de Lima (16hs no Brasil), pela internet, neste site. (Sim, compra-se a cadeira, e não um ingresso – nada é muito convencional em se tratando de Gelinaz…..)

O fato é que eu não sei de nenhum outro evento no mundo em que se possa comer pratos preparados pelos maiores chefs da atualidade em clima de festa, assistindo-os trabalharem juntos. Loucura boa. Recomendo vivamente a quem estiver em Lima nessa data.

Aguardem cenas dos próximos capítulos…

 

Site oficial do MISTURA

 

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50 Best Restaurants, versão América Latina: anúncio será 4 de setembro em Lima http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/2013/07/27/50-best-restaurants-versao-america-latina-anuncio-sera-4-de-setembro-em-lima/ http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/2013/07/27/50-best-restaurants-versao-america-latina-anuncio-sera-4-de-setembro-em-lima/#respond Sat, 27 Jul 2013 12:26:08 +0000 http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/?p=1561 Continue lendo →]]>

 

Hoje chegou meu convite para a cerimônia de premiação do primeiro “Latin America’s 50 Best Restaurants”, versão latino-americana do prestigioso prêmio dos 50 melhores do mundo. Vai ser dia 4 em Lima. O júri que elege os 50 (sempre me perguntam!) é composto por 252 jornalistas, chefs, restaurateurs e foodies.

Tenho falado com muitos chefs e donos de restaurantes sobre esse assunto e, embora poucos queiram admitir, todos estão ansiosos e querendo saber quem entrou. E tentando adivinhar quem será o número um, claro!

Não me arriscarei a chutar, mas, como já escrevi um tempo atrás, acho que Lima e São Paulo irão dominar a lista. E que a disputa pelo primeiro posto deverá ser entre três restaurantes: D.O.M., Astrid y Gastón (Lima) e Pujol (Cidade do México).

E mais 50 Best:

– Minha entrevista com os irmãos Joan, Jordi e Josep Roca, do El Celler de Can Roca, eleito número 1 do mundo no último 50 Best

– Vídeo mostrando o casal Helena Rizzo e Daniel Redondo do restaurante Maní minutos antes da cerimônia de premiação, em Londres, dia 29 de abril.

– 50 Best latino-americano: os países que entram e as regras para quem vota.

– Latin America’s 50 Best Restaurants: as perguntas mais frequentes, respondidas em inglês no site oficial.

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50 Best latino: sairá em setembro o ranking dos 50 melhores da América Latina http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/2013/05/08/50-best-latino-saira-em-setembro-o-ranking-dos-50-melhores-da-america-latina/ http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/2013/05/08/50-best-latino-saira-em-setembro-o-ranking-dos-50-melhores-da-america-latina/#comments Wed, 08 May 2013 15:17:27 +0000 http://alexandraforbes.blogfolha.uol.com.br/?p=1195 Continue lendo →]]>

Foi anunciado em Londres no último dia 29: os mesmos organizadores da lista dos 50 melhores restaurantes do mundo estão compilando um ranking dos 50 melhores da América Latina.

Os votos foram colhidos em abril. Os vencedores serão anunciados em Lima dia 4 de setembro.

Quero só ver…. difícil achar um júri composto de pessoas que circulem pelo continente a comer. Eu, que sou uma maluca que não pára de viajar, já acharia difícil nomear sete restaurantes excepcionais na América Latina onde eu tenha comido recentemente. Imaginem então pessoas “normais”, que não pulam de país em país o tempo todo….

Esses votantes, quem serão? Conhecerão o suficiente para votar de modo justo? Não sei…mas espero que sim. Os jurados brasileiros foram escolhidos pelo crítico gastronômico Josimar Melo, meu colega de FOLHA.

Estou bem curiosa para ver quais 50 restaurantes serão escolhidos como excepcionais.

Em Punta, no Uruguai, nunca encontrei nada que prestasse: pior cidade para quem gosta de comer, além de caríssima (mas quando fui, ainda não tinham aberto o hotel com a marca Fasano, que tem um restaurante). Em Mendoza, na Argentina, menos ainda: só carne grelhada, de notável. Santiago, não conheço, não posso falar. Buenos Aires anda renascendo, ouvi dizer. E é a terra do Francis Mallman. Ainda assim, a verdade é que o bom concentra-se em Lima e São Paulo. E o “50 Best Latin America” deverá refletir isso: além dos inevitáveis Pujol e Biko (do México), Roberta Sudbrack (RJ) e Boragó (Chile) creio que veremos muitos e muitos restaurantes paulistanos e limenhos….

E vivem me perguntando quais são as regras. Para não ficar me repetindo, reproduzo a seguir o texto explicativo, da própria organização….

“Apresentação

Organizada pela revista Restaurant, a lista dos 50 melhores restaurantes da América Latina é um panorama anual das opiniões e experiências de mais de 250 especialistas no setor de restaurantes latino-americano. O significado de “melhor” é uma decisão sua. Não há nenhuma lista de critérios predefinidos. Por exemplo, uma experiência interessante em um estabelecimento simples, onde se descubra um nível de inovação excepcional, pode ser considerada melhor do que uma refeição opulenta em um restaurante muito celebrado. A lista dos 50 melhores restaurantes da América Latina, lançada este ano, será o resultado da votação dos latino-americanos em restaurantes localizados nos seguintes países:
• Argentina
• Bahamas
• Belize
• Bolívia Brasil
• Chile
• Colômbia
• Costa Rica
• Cuba
• Dominica
• República Dominicana
• Equador
• El Salvador
• Guiana Francesa
• Guatemala
• Guiana
• Haiti
• Honduras
• Jamaica
• México
• Nicarágua
• Panamá
• Paraguai
• Peru
• Porto Rico
• Suriname
• Trinidad e Tobago
• Uruguai
• Venezuela

Os resultados da votação dos 50 Melhores Restaurantes da América Latina serão anunciados em Lima, Peru, em 4 de Setembro de 2013 e publicados em www.theworlds50best.com e em site oficial, que será anunciado antes do evento.

Regras para o voto

  •  Votos são dados em ordem de preferência, de 1 a 7.
  • Caso um restaurante obtenha o mesmo número de votos, a ordem de preferência será levada em consideração.
  • Deve-se votar em sete restaurantes — nem mais nem menos do que isso.
  • Deve-se pode votar em até quatro restaurantes localizados do próprio país do jurado. Pelo menos três votos devem se destinar a restaurantes fora do país do jurado.
  • É preciso que o jurado tenha visitado os restaurantes nos quais está votando nos últimos 18 meses.
  • Se o jurado trabalha ou detém participação financeira em um restaurante, não poderá votar nesse restaurante.
  • As indicações devem contemplar o restaurante, não o restaurateur ou o chef.
  • O jurado tem que especificar o motivo do seu voto no restaurante número 1 da sua lista.
  • O jurado tem que confirmar a data em que esteve nesse restaurante.
  • Não é possível votar em restaurantes que estejam fechados ou vão fechar em até três meses a contar da publicação da lista, que ocorrerá em setembro de 2013.
  • Todos os votos e comentários são confidenciais.”

E mais 50 Best:

– Minha entrevista com os irmãos Joan, Jordi e Josep Roca, do El Celler de Can Roca, eleito número 1 do mundo no último 50 Best

– Vídeo mostrando o casal Helena Rizzo e Daniel Redondo do restaurante Maní minutos antes da cerimônia de premiação, em Londres, dia 29 de abril.

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